X (antigo Twitter) dribla bloqueio e volta a funcionar no Brasil, mas situação ainda é incerta

Adriano Camargo
Adriano Camargo

O X, anteriormente conhecido como Twitter, voltou a funcionar no Brasil nesta última quarta-feira (18), surpreendendo usuários e autoridades. A rede social havia sido bloqueada no país por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) após descumprimento de ordens judiciais.

No entanto, a plataforma conseguiu contornar o bloqueio através de uma mudança em sua infraestrutura de rede, que envolveu o uso de IPs dinâmicos fornecidos pela Cloudflare, uma empresa de serviços de rede e segurança.

Cloudflare logo

Hoje (19), muitas pessoas continuam tendo acesso ao X por meio de seus aplicativos, mas o acesso à plataforma via desktop continua com maiores dificuldades, lentidão para carregamento de imagens e vídeos.

A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT) confirmou que o retorno do X no país se deu após a rede social ter atualizado sua operação, saindo de um IP fixo, o que facilitava o bloqueio, para endereços dinâmicos da Cloudflare. Essa mudança na configuração tornou o bloqueio mais complexo, já que a Cloudflare é utilizada por diversas grandes empresas, como bancos e aeroportos. Bloquear o X diretamente poderia impactar outros serviços essenciais.

Bloqueio seletivo de contas no Brasil

Além do retorno parcial da rede social, perfis que haviam sido desbloqueados anteriormente foram novamente bloqueados, como os de figuras polêmicas como Bruno Aiub, conhecido como Monark, e o blogueiro Allan dos Santos. Esses perfis estão inacessíveis apenas no Brasil, em cumprimento a ordens judiciais emitidas anteriormente pelo STF.

Elon x Xandao capa
Disputa promete mais capítulos (Imagem: Reprodução/YouTube)

Mudança na estratégia do X no Brasil

Especula-se que o X possa estar se preparando para indicar um novo representante legal no Brasil, uma exigência do STF para o desbloqueio completo das operações da rede no país. No início de setembro, o Supremo havia ordenado o pagamento de multas, que foram liquidadas com valores confiscados das contas do X e da Starlink, subsidiária de internet via satélite de Elon Musk.

O futuro do X no Brasil ainda é incerto. Com a versão para desktop ainda bloqueada e muitas dúvidas em torno da conformidade da empresa com as exigências do STF, o funcionamento da rede social pode ser novamente interrompido a qualquer momento. Apesar da celebração de muitos usuários, especialistas alertam que a situação ainda pode mudar rapidamente.

Hoje (19), muitas pessoas continuam tendo acesso ao X por meio de seus aplicativos, mas o acesso à plataforma via desktop continua com maiores dificuldades, lentidão para carregamento de imagens e vídeos.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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