WhatsApp e Telegram são banidos da App Store na China: Entenda o motivo

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A China decidiu banir o WhatsApp, Signal, Threads e Telegram da App Store do iPhone. A medida foi tomada após uma ação da censura do país, informa o Wall Street Journal. Segundo a publicação, a Apple teve que cumprir a exigência do país asiático.

Em comunicado enviado ao jornal, a Apple declarou: “A Administração do Ciberespaço da China ordenou a remoção desses aplicativos da loja do país com base em preocupações com a segurança nacional. Somos obrigados a seguir as leis nos países onde operamos, mesmo quando discordamos”.

Apps de mensagem China
Aplicativos foram banidos na China (Imagem: Divulgação)

Apesar disso, alguns outros aplicativos estrangeiros populares ainda estão disponíveis, como o Facebook e Instagram (da Meta), o YouTube (do Google) e o X (de Elon Musk). No entanto, não está claro por que a China baniu o WhatsApp, Threads e outros aplicativos - e esta não é a primeira vez que o país proíbe aplicativos sem motivo aparente.

Uma das possibilidades desse banimento é o não cumprimento de uma nova regra que exige que todos os aplicativos disponíveis na China se registrem junto ao governo. E embora esse banimento possa causar surpresa para os ocidentais, esses aplicativos não são amplamente utilizados no país.

Os mensageiros já são bloqueados nas redes chinesas pela "Grande Firewall", o que significa que precisam ser usados com uma rede virtual privada (VPN) ou outras ferramentas, e o principal aplicativo de mensagens usado no país é o WeChat. Já para redes sociais, o Weibo é o aplicativo mais popular na região.

Ao longo dos anos, a Apple baniu vários aplicativos da App Store chinesa após o governo solicitar sua proibição. A empresa de Cupertino fez escolhas peculiares para cumprir as exigências do país responsável pela fabricação da maioria de seus produtos e pela segunda região mais lucrativa - depois dos Estados Unidos.

Por exemplo, a empresa restringiu inicialmente o AirDrop na região depois que manifestantes enviavam informações contra o governo pelo aplicativo. Posteriormente, a empresa estendeu as restrições do AirDrop a todos os usuários globalmente como uma medida para evitar spam.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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