O mercado brasileiro de veículos eletrificados (híbridos e elétricos) registrou 12.988 unidades vendidas em fevereiro de 2025, alta de 24% em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE).
O crescimento é impulsionado por incentivos fiscais estaduais e a expansão da infraestrutura de recarga, que já soma 14.827 pontos no país.

Incentivos fiscais alavancam modelos BEV e HEV Flex
Veículos 100% elétricos (BEV) saltaram 21,4% em vendas em relação a janeiro, com 4.492 unidades. Destaque para o Distrito Federal e Rio Grande do Sul, onde a isenção de IPVA para BEV estimulou compras. Já os híbridos flex (HEV Flex), que usam etanol e eletricidade, tiveram alta de 140% no período, liderados por São Paulo — estado que reduziu o IPVA para essa categoria.
A região Sudeste responde por 46,6% das vendas (6.055 unidades), seguida por Sul (17,6%) e Nordeste (17%). A liderança de São Paulo (1.610 vendas) e Brasília (1.178) reflete políticas locais, enquanto estados como Ceará e Paraná avançam com descontos em impostos. Apesar disso, o Norte ainda representa apenas 3,8% do mercado.
Infraestrutura de recarga cresce 22%
O número de eletropostos públicos e semipúblicos subiu de 12.137 em novembro de 2024 para 14.827 em fevereiro, segundo a ABVE e a plataforma Tupi Mobilidade. Pontos de recarga rápida (DC) representam 16,4% desse total, com maior concentração em capitais como São Paulo e Brasília.

Híbridos Plug-In lideram, mas perdem fôlego
Carros híbridos plug-in (PHEV) continuam no topo, com 5.884 unidades vendidas em fevereiro (45,3% do mercado). Apesar do crescimento de 64% ante 2024, houve queda de 12% em relação a janeiro. Para a ANFAVEA, a redução temporária pode estar ligada à espera por novos modelos, como o Toyota Corolla Cross PHEV, previsto para abril.
Veículos micro-híbridos (MHEV), que não entram na categoria principal por falta de tração elétrica, caíram para 3.249 unidades em fevereiro. A categoria, que inclui modelos como o Fiat Pulse e o Jeep Renegade, enfrenta concorrência de elétricos com preços próximos.
Perspectivas e Desafios
Modelos eletrificados devem representar 12% das vendas totais de veículos leves no Brasil até dezembro deste ano 2025, ante 8,5% em 2024. No entanto, especialistas alertam: a dependência de incentivos fiscais, a falta de postos de recarga e a concentração regional ainda são entraves.
Enquanto isso, montadoras como Volkswagen e GM preparam lançamentos de elétricos com preços a partir de R$ 120 mil, mirando a classe média urbana.
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