Uso da IA na saúde: Ferramenta essencial para predição de riscos

Adriano Camargo
Adriano Camargo

Nos últimos anos, o setor da saúde tem testemunhado um aumento significativo na implementação de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para diversas finalidades.

Um mapeamento realizado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) e Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS) no segundo semestre de 2023 revelou que 62,5% das instituições de saúde já incorporam alguma forma de IA, com ênfase em chatbots de atendimento.

Além disso, a expectativa é que nos próximos doze meses, 12% das clínicas e hospitais aumentem consideravelmente seus investimentos em tecnologias de IA, sendo que 37% já possuem estratégias delineadas para esse fim.

Uso de IA auxilia a medicina (Imagem: freepik)

Apesar da crescente adoção, surgem questionamentos sobre até que ponto a IA pode prever doenças e se ela pode eventualmente substituir os médicos. Fernando Zamprogno, coordenador de oncologia, esclarece que, embora a IA tenha a capacidade de prever riscos de desenvolvimento de doenças com base em dados pessoais, histórico familiar e condições preexistentes, a previsão absoluta de doenças ainda é considerada impossível.

A IA desempenha um papel semelhante ao dos médicos, analisando informações coletadas durante a interação com o paciente para antecipar possíveis riscos de enfermidades. Porém, é crucial compreender que a IA depende de dados fornecidos pelos indivíduos.

Na área da saúde, a IA pode ser uma aliada valiosa na predição de riscos.

IA é grande aliada na predição de riscos (Imagem: freepik)

Ao alimentar a IA com informações precisas e corretas, a predição de risco torna-se mais acurada. A projeção pode ser utilizada como um indicativo de possíveis doenças, como o câncer, servindo como um guia para a modificação de hábitos de vida.

São muitos benefícios no diagnóstico de doenças menos comuns em determinadas regiões. Médicos em áreas remotas, como o interior do Amazonas, Pará ou Espírito Santo, por exemplo, podem se beneficiar da tecnologia para auxiliar em diagnósticos e até mesmo se conectar rapidamente com hospitais de referência para solicitar assistência na interpretação de exames.

Dessa forma, a tecnologia tem o potencial de democratizar o acesso à saúde, proporcionando avanços substanciais no campo da medicina.

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Adriano Camargo
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Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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