Graças a inúmeros investimentos e desenvolvimento da tecnologia, astrônomos estão colhendo resultados cada vez mais impressionantes. Utilizando o poderoso Telescópio Espacial James Webb, cientistas conseguiram captar, pela primeira vez, imagens de aglomerados de estrelas dentro de uma galáxia extremamente antiga.
Essas estrelas existiam apenas 460 milhões de anos após a criação do universo, revelando 97% do tempo cósmico.
Esta visão profunda do espaço foi possível graças à sensibilidade sem precedentes do telescópio Webb, cujos espelhos dourados de mais de 6,5 metros de diâmetro detectam fontes de luz extremamente fracas, e a um fenômeno natural conhecido como "lente gravitacional".
Um massivo aglomerado de galáxias em primeiro plano, cada uma contendo centenas de bilhões de estrelas, milhões de buracos negros e possivelmente trilhões de planetas, distorce o espaço ao seu redor, criando uma enorme lente de aumento.
"A incrível sensibilidade e resolução angular do Webb em comprimentos de onda de infravermelho próximo, combinadas com a lente gravitacional fornecida pelo massivo aglomerado de galáxias em primeiro plano, possibilitaram esta descoberta," disse Larry Bradley, astrofísico do Space Telescope Science Institute, que gerencia o telescópio Webb, em comunicado.
Nenhum outro telescópio conseguiria ter feito essa descoberta, segundo Bradley, que liderou a nova pesquisa publicada na revista científica Nature. Esta conquista destaca a capacidade do James Webb de explorar os confins do universo e revelar segredos cósmicos de épocas muito antigas.
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