TeamViewer e Google Meet se unem para suporte remoto (e em tempo real)

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A TeamViewer anunciou a integração de seu sistema de suporte remoto diretamente ao Google Meet, permitindo que equipes técnicas resolvam problemas de TI durante videoconferências, sem alternar entre aplicativos.

A novidade, já disponível no Google Workspace Marketplace, chega em um momento em que 74% das empresas globais adotam modelos híbridos de trabalho, segundo relatório da Gartner.

TeamViewer Meet

A funcionalidade, chamada TeamViewer Remote Control, opera via navegador e dispensa instalação adicional. Técnicos podem acessar dispositivos de usuários finais com poucos cliques, enquanto os participantes da reunião recebem um download automático e rápido. O recurso combina suporte visual, chat e VoIP, mantendo a sessão dentro do Google Meet — plataforma que detém 30% do mercado de videoconferências.

Stefan Prestele, vice-presidente de alianças da TeamViewer, afirmou que a integração visa reduzir interrupções: "Problemas técnicos consomem até 22% do tempo de equipes remotas. Agora, a solução ocorre no mesmo ambiente onde a colaboração acontece", disse. A empresa garante que o add-on segue seus padrões de segurança, incluindo criptografia AES-256 e autenticação em duas etapas.

E a segurança?

Apesar da conveniência, especialistas questionam riscos. Um estudo de 2023 apontou que 41% das brechas de segurança em TI ocorrem durante acesso remoto. A TeamViewer, porém, alega que a nova ferramenta usa protocolos isolados por sessão, similares aos de seu software tradicional, que possui certificações ISO 27001 e SOC 2.

O movimento ocorre em um mercado competitivo: rivais como AnyDesk e LogMeIn já oferecem integrações com Microsoft Teams e Zoom. A aposta da TeamViewer é clara: dominar ecossistemas corporativos, já que 68% das empresas usam o Google Workspace.

A integração é gratuita para usuários do Google Meet, mas requer uma licença paga do TeamViewer. Não há informações sobre planos para versões consumer. Enquanto isso, o Google reforça sua estratégia em IA para reuniões, como o Take notes for me anunciado em maio — sinal de que a guerra por produtividade híbrida está longe do fim.

Para pequenas equipes, a praticidade pode ser um trunfo. Já corporações com políticas rígidas de segurança talvez prefiram manter ferramentas separadas. O teste definitivo, como sempre, está nas mãos dos usuários.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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