Saiba como proteger os dados do celular contra o "visual hacking"

Adriano Camargo
Adriano Camargo

Em um mundo em que os dispositivos móveis são (literalmente) extensões da nossa vida, a segurança de dados se torna uma preocupação recorrente.

O chamado "shoulder surfing" (surfe de ombro, na tradução literal) é mais um método que tem chamado a atenção. Trata-se de uma prática de "visual hacking", que coloca em risco muitas informações pessoais em smartphones.

Cuidado com olhares indiscretos (Imagem: Pixabay)

Em outras palavras, é uma invasão de privacidade disfarçada de uma observação casual. Em ambientes movimentados, como transporte público, shoppings, cafés ou mesmo em meio a uma multidão, podemos nos tornar alvos de olhares curiosos que buscam capturar senhas, códigos PIN ou qualquer outro dado sensível exibido na tela do celular.

É uma ameaça que muitas vezes passa despercebida, mas as consequências podem ser significativas.

Os cibercriminosos usam essas informações confidenciais para cometer fraudes de identidade e invadir contas bancárias, por exemplo, enquanto ladrões podem simplesmente arrancar o dispositivo das mãos do usuário e saber exatamente como desbloqueá-lo.

Para ajudar qualquer pessoa a se proteger, esteja onde estiver, listamos as principais dicas para impedir ações de shoulder surfing.

Posicionamento estratégico

Sempre esteja ciente da sua localização ao usar o celular em locais públicos. Posicione-se de forma a minimizar a visibilidade da tela para quem está ao seu redor. Escolha ficar onde o smartphone não fique diretamente exposto.

Filtros de privacidade

Considere aplicar uma película com filtro de privacidade na tela. Eles protegem a visibilidade quando vistos de ângulos laterais, tornando mais difícil a missão de bisbilhotar o seu conteúdo.

Usar uma película de privacidade pode ajudar (Imagem: Pixabay)

Autenticação multifatorial

Reforce a segurança de seus aparelho ativando a autenticação multifatorial em seus apps. Isso adiciona uma camada extra de proteção, exigindo uma seleção adicional de letras e números além da senha convencional.

Senhas fortes

Parece óbvio, mas muitas pessoas ainda preferem usar senhas simples (e fáceis de descobrir). Evite códigos óbvios de adivinhar, como nomes, datas de nascimento ou “1234” para desbloquear o dispositivo.

Além disso, não use a mesma senha em várias contas, pois isso tornará muito mais fácil para um criminoso obter acesso a uma variedade de apps. Considere ainda um gerenciador de senhas criptografadas para armazená-las em um só lugar para reduzir riscos.

Desbloqueio discreto

Ao digitar suas senhas, utilize formas que minimizem a visibilidade, como cobrir parte da tela com a mão ou ajustar o ângulo do dispositivo. Aqui a tecnologia de reconhecimento facial ou de impressão digital também é uma boa opção.

Evite acessar apps bancários em locais públicos

Especialmente em áreas movimentadas e em redes Wi-Fi abertas, evite acessar apps bancários e realizar transações. Além da preocupação com olhares indiscretos, essas redes são abertas e alvos de cibercriminosos, que podem tentar acessar seu dispositivo e roubar seus dados.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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