Recurso para enviar mensagens entre WhatsApp e Telegram está em teste

Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo

É isso mesmo! Não deve demorar muito para podermos enviar mensagens entre diferentes aplicativos, como do WhatsApp para o Telegram e vice e versa.

Este novo recurso de interoperabilidade entre aplicativos homólogos está previsto na nova Lei dos Mercados Digitais (DMA) que a União Europeia apresentou, com o objetivo de limitar o poder de mercado de algumas plataformas digitais.

Imagem de teste do recurso vazou na Internet

📝 WhatsApp beta for Android 2.23.19.8: what's new?WhatsApp is working on complying with new EU regulations by developing support for chat interoperability, and it will be available in a future update of the app!https://t.co/XI6zMoOD5P pic.twitter.com/Jpd9Leh2Ki

— WABetaInfo (@WABetaInfo) 10 de setembro de 2023

De acordo com informações vazadas pelo WABetaInfo, a atualização 2.23.19.8 do WhatsApp para Android já traz um teste do recurso de interoperabilidade entre aplicativos.

Como é possível ver na imagem acima, a versão teste apresenta uma nova seção intitulada "bate-papo de terceiros". Caso a nova legislação seja aplicada, esta área deve trazer conversas enviadas de diferentes aplicativos.

Até o momento, a seção segue vazia mesmo na versão teste e ainda deve ser desenvolvida pela Meta. Por enquanto, as empresas responsáveis pelos aplicativos de mensagens não apresentaram um cronograma de datas para a implementação do recurso. Porém, a DMA prevê um período de seis meses para o cumprimento do novo princípio de interoperabilidade entre serviços de bate-papo.

Ainda não se sabe se o recurso será expandido para outros países além dos 27 que compõem a União Europeia. A medida talvez dependa de iniciativas de leis em cada país ou região. Ou talvez as grandes empresas encontrem uma vantagem econômica no novo modelo como estímulo para ampliar o novo recurso para novos lugares.

DMA apontou quais são as 6 "guardiãs"

O objetivo da UE com a Lei de Mercados Digitais (DMA) é garantir mais chances de concorrência e diminuir um monopólio hoje exercido por algumas gigantes da tecnologia. No começo deste mês, UE revelou quais eram as empresas "guardiãs" (gatekeepers) que deveriam cumprir as obrigações máxima da DMA.

As seis escolhidas para receber a mais alta categorização da DMA foram justamente algumas das maiores empresas de tecnologia, e os serviços oferecidos por essas empresas. Confira a lista abaixo (embora não seja difícil prever quais são):

  • Alphabet: Google Inc. ,Calico, Google Ventures, Google Capital, Google X e Nest Labs.
  • Amazon: Prime Video, Amazon Music, Twitch, Audible, Amazon Studios, Whole Foods Market e Amazon Web Services
  • Apple: macOS, iOS, navegador Safari, iTunes, iLife, iWork, Aperture, Final Cut Studio, Lógica Studio, iMessage
  • ByteDance: TikTok, Toutiao
  • Meta: Facebook (Facebook Messenger, Facebook Watch e Facebook Portal), Instagram, WhatsApp, Giphy, Mapillary e Threads
  • Microsoft: Windows, LinkedIn, Skype, Microsoft Office, navegador Internet Explorer, Xbox, tablets Surface, Smartphones Microsoft Lumia

Conforme é possível conferir na imagem abaixo, as empresas foram organizadas entre redes sociais, intermediação, publicidade, serviços de mensagens, serviços de vídeo, sistemas operacionais, navegadores e busca.

gatekeepers DMA
Imagem: Comissão Europeia

A Comissão Europeia ainda esclareceu que há quatro investigações abertas para futuras decisões de incluir outras empresas entre as "guardiãs" listadas acima. Até março de 2024, essas empresas e seus respectivos serviços precisarão se adaptar às exigências da DMA. Em caso de descumprimento da nova norma, está prevista uma multa de até 10% da receita global anual da companhia.

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Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora ávida de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades deste mundo.
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