Polêmica! YouTube é acusado de "espionagem" para detecção de bloqueadores de anúncios

Adriano Camargo
Adriano Camargo

No final de outubro, o YouTube começou a combater os bloqueadores de anúncios. A empresa quer que os usuários assistam a vídeos com anúncios como pretendido - ou assinem o YouTube Premium para removê-los. Essa medida irritou muitas pessoas e, agora, uma delas está agindo.

De acordo com o The Register, Alexander Hanff, um consultor de privacidade está se preparando para abrir um processo criminal contra o YouTube na Europa. O motivo? Scripts que detectam e limitam o uso de bloqueadores de anúncios na plataforma.

O consultor está tomando medidas legais contra a plataforma de streaming de acordo com a lei de abuso de computadores da Irlanda. Ele mencionou que avisou a Polícia Nacional sobre seu plano de compartilhar detalhes sobre a queixa criminal. A polícia aparentemente reconheceu a queixa e solicitou mais informações.

Plataforma no meio a polêmica dos bloqueadores de anúncios novamente (Imagem: freepik)

Hanff alega que o YouTube se envolve no uso de scripts de rastreamento não autorizados com o objetivo de identificar bloqueadores de anúncios. De acordo com ele, essa atividade é semelhante à vigilância não autorizada de cidadãos da UE.

Além disso, apresentou uma queixa civil contra o sistema de interrogatório de navegador do YouTube, projetado para identificar e combater bloqueadores de anúncios. Essa reclamação foi apresentada à Comissão de Proteção de Dados da Irlanda.

A autoridade reguladora entrou em contato com o Google e agora espera que a empresa compartilhe sua opinião sobre a reclamação de Hanff.

O problema vai mais além

Porém, esse consultor de privacidade não está apontando o dedo apenas para o YouTube. Ele afirma que, nos últimos 5 anos, a Meta também entrou no jogo de interceptar "ilegalmente" as transmissões de dados em um sistema de informações (também conhecido como dispositivos) para monitorar seu comportamento.

Quando questionado sobre a opção de registrar uma queixa criminal, Hanff explicou: "Optei por seguir o caminho da queixa criminal porque, historicamente, os reguladores da UE têm sido absolutamente terríveis na aplicação da Diretiva de Privacidade Eletrônica".

No entanto, as coisas estão mudando com o recém-adotado Digital Markets Act (DMA). A UE está estabelecendo critérios claros para os gatekeepers - os grandes players digitais como Meta, Google, Microsoft e Apple. Com a DMA em vigor, essas empresas precisam reformular suas políticas - e algumas já começaram.

O Meta, por exemplo, lançou uma assinatura paga sem anúncios na UE, uma medida exigida pela UE para usuários que preferem um feed sem anúncios. E há mais por vir, já que a Apple está se preparando para ajustar suas políticas da App Store de acordo com o DMA, abrindo seu ecossistema para a concorrência.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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