A OPPO acaba de lançar o Watch X2, seu novo smartwatch com Wear OS 5.0, em uma clara investida contra o Galaxy Watch Ultra da Samsung. Com preço inicial - em Singapura - de SGD 499 (cerca de US$ 374, ou R$ 2.100 em conversão direta), o dispositivo chega cerca de US$ 50 mais barato que o rival sul-coreano, mas enfrenta outros desafios como a ausência de carregamento sem fio e limitações de mercado.
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O Watch X2 promete até três dias de bateria com uso intensivo, graças a uma generosa capacidade de 648 mAh — superior aos 590 mAh do Galaxy Watch Ultra. A autonomia, porém, depende de recarga via cabo (7,5W), enquanto o modelo da Samsung oferece carregamento sem fio de 10W, e essa escolha entre conveniência e durabilidade dividirá usuários.
Tela e desempenho
O relógio chinês tem tela OLED de 1,5 polegadas, brilho de 2.200 nits e proteção de vidro safira, além de estrutura em aço inoxidável e titânio. Dados mostram que 68% dos consumidores priorizam resistência em wearables, e o IP68 do Watch X2 iguala o Galaxy Watch 7 em durabilidade contra água (até 50 metros).
Sob o capô, o Watch X2 usa o processador Snapdragon W5 Gen 1, chip de 2022 que perde em eficiência para o Exynos W1000 do Galaxy Watch Ultra, segundo testes da 9to5Google. Apesar disso, a OPPO manteve 2 GB de RAM e 32 GB de armazenamento, além de sensores como ECG, GPS de dupla frequência e monitor de temperatura corporal. A análise de composição corporal, presente no rival, ficou de fora.
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Especialistas questionam a adoção do Wear OS. Apesar de personalizado com a interface ColorOS 7.0, o sistema ainda sofre com poucos apps otimizados na Ásia. Já a Samsung integra o ecossistema Galaxy, com vantagens como sincronia com smartphones e fones.
A estratégia de preço é curiosa: em conversão direta, o Watch X2 custa 12% menos que o Galaxy Watch Ultra, mas sua disponibilidade se restringe a Singapura. A OPPO enfrenta barreiras regulatórias na Europa e nos EUA, onde a Samsung domina 34% do mercado de wearables, segundo a Statista.
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No Brasil, onde a marca chinesa tem 8% das vendas (dados do IDC), não há previsão de lançamento.
Para o consumidor final, a disputa se resume a prioridades: bateria prolongada versus conveniência de recarga, ou preço baixo versus acesso a mercados globais. Enquanto a OPPO tenta conquistar nichos, a Samsung mantém a liderança — mas a pressão por inovação a preços competitivos nunca foi tão alta.
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