Nokia e NASA implantam rede 4G na Lua para transformar exploração espacial

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A exploração espacial atingiu um novo patamar com a instalação da primeira rede 4G na Lua, fruto de uma parceria entre a Nokia e a NASA. O projeto quer aprimorar a comunicação em futuras missões lunares, facilitando a transmissão de dados e a coordenação de operações no satélite natural da Terra.

A iniciativa integra a missão Intuitive Machines-2 (IM-2), conduzida pela empresa americana Intuitive Machines, que busca demonstrar serviços de infraestrutura para a exploração de recursos lunares. O objetivo é estabelecer uma presença humana sustentável na Lua até o final da década.

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Empresas querem melhorar a comunicação com a lua (Imagem: Mike Petrucci/Unsplash)

Como funciona

O sistema de comunicações de superfície lunar (LSCS) desenvolvido pela Nokia foi integrado ao módulo de pouso Athena, da Intuitive Machines. Adaptado para as condições extremas do ambiente lunar, o LSCS garante resistência a vibrações, impactos e temperaturas extremas, assegurando a funcionalidade da rede 4G/LTE na superfície lunar.

O lançamento da missão IM-2 ocorreu em 27 de fevereiro, a partir do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, utilizando um foguete Falcon 9 da SpaceX. O módulo Athena transporta instrumentos para detectar substâncias voláteis, como água, no polo sul lunar, além de um refletor a laser e um sistema de comunicações de superfície.

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Módulo de pouso Nova-C da missão IM-2 (Imagem: Intuitive Machines/ Nokia Labs)

A rede 4G lunar conectará o módulo Athena a dois rovers: o Micro-Nova Hopper e o MAPP. O primeiro explorará crateras em busca de gelo, enquanto o MAPP investigará a região de Mons Mouton. Essa conectividade permitirá a transmissão de dados quase em tempo real para a Terra, facilitando operações complexas, como construção de bases e mineração de recursos.

No entanto, durante a tentativa de pouso em 6 de março, o módulo Athena enfrentou algumas dificuldades. Devido a uma nuvem de poeira lunar que interferiu nos sistemas de navegação, o módulo pousou de forma inclinada em uma cratera sombreada, comprometendo a orientação dos painéis solares e a geração de energia necessária para as operações.

Apesar das dificuldades, a missão IM-2 representa um avanço significativo na exploração lunar. A instalação da rede 4G na Lua é um passo importante para futuras missões, permitindo uma comunicação mais eficiente e abrindo caminho para a exploração sustentável do satélite natural da Terra.

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Adriano Camargo
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Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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