Neuralink recebe aprovação para testar implante cerebral em segundo paciente

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A Neuralink, empresa de Elon Musk, recebeu autorização da FDA para implantar seu chip cerebral em um segundo paciente, após solucionar problemas com os eletrodos que limitaram a funcionalidade do dispositivo no primeiro teste humano.

Este é mais um passo significativo para dispositivos de interface cérebro-computador, que têm o potencial de tratar distúrbios neurológicos no futuro. A Neuralink agora está buscando candidatos com tetraplegia para testar se o dispositivo pode permitir que uma pessoa execute tarefas como controlar um telefone e um computador apenas com pensamentos.

Neuralink celular capa
Neuralink segue com testes (Imagem: Getty Images)

Alterações no implante

Para melhorar a eficácia do dispositivo, Neuralink incorporou algumas mudanças, como o posicionamento mais profundo dos fios no cérebro. O primeiro paciente, Noland Arbaugh, compartilhou sua experiência no programa "Good Morning America" da ABC, revelando que o dispositivo, do tamanho de uma moeda, lhe permitiu ter quase total controle sobre um computador usando apenas seus pensamentos.

No entanto, após um mês da cirurgia, muitos dos fios do dispositivo se soltaram, dificultando a leitura dos sinais elétricos necessários para traduzir seus pensamentos em ações. Apesar disso, 15% dos fios que permaneceram estabilizados, e atualizações de software ajudaram Arbaugh a recuperar muitas das funcionalidades do dispositivo, como demonstrado em transmissões ao vivo.

Concorrentes

Enquanto Neuralink avança com seu segundo paciente, sua concorrente Synchron está se preparando para um grande ensaio clínico com a intenção de obter aprovação comercial para seu implante. Além disso, o Mass General Brigham lançou uma colaboração com partes interessadas e a FDA para acelerar o desenvolvimento desses dispositivos implantáveis.

A autorização para um segundo teste humano marca um grande avanço para a Neuralink e o futuro das interfaces cérebro-computador. Com a concorrência correndo atrás com novos ensaios clínicos em andamento, estamos cada vez mais próximos de uma revolução no tratamento de distúrbios neurológicos, que pode transformar vidas ao permitir que pessoas controlem dispositivos digitais com a mente.

FIQUE POR DENTRO!

Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
recomenda: