A Neuralink, empresa de Elon Musk focada em interfaces cérebro-computador, anunciou um avanço significativo em sua pesquisa com implantes cerebrais. O novo estudo, denominado "CONVOY", foi aprovado para investigar o uso de chips cerebrais N1 no controle de braços robóticos por pacientes com paralisia.
A iniciativa tem a intenção de melhorar a autonomia desses indivíduos ao permitir a manipulação de objetos por meio de sinais neurais.
Os participantes do projeto anterior, "PRIME", que utiliza implantes para controlar cursos de computador e outras funções digitais, poderão se inscrever no novo programa. No PRIME, usuários demonstraram habilidades como digitar, navegar na internet e até realizar tarefas de design assistido por computador. Com o CONVOY, a proposta é expandir essas capacidades, permitindo o uso de dispositivos robóticos externos, como braços mecânicos.
O estudo ainda enfrenta desafios, como a necessidade de calibrar os sistemas para responder de forma precisa às intenções do usuário. Especialistas destacam que a calibração deve ser simplificada para evitar processos demorados que poderiam dificultar o uso diário da tecnologia.
Apesar das dificuldades, a perspectiva de pessoas com paralisia realizarem tarefas cotidianas sem assistência representa um passo importante para a área de neurotecnologia.
O projeto é visto como uma evolução no campo das interfaces cérebro-máquina. Marcus Gerhardt, da Blackrock Neurotech, elogiou a iniciativa e destacou que avanços como este trazem benefícios para indivíduos com distúrbios neurológicos. Elon Musk afirmou, em publicações recentes, que o desenvolvimento da tecnologia poderia alcançar milhares de pessoas nos próximos anos, com potencial de expansão para milhões em uma década.
"Temos o prazer de anunciar a aprovação e o lançamento de um novo teste de viabilidade para estender o controle BCI usando o implante N1 para um braço robótico assistencial experimental.
Este é um primeiro passo importante para restaurar não apenas a liberdade digital, mas também a liberdade física."
– Neuralink (@neuralink)
Os implantes da Neuralink usam fios flexíveis conectados ao cérebro para captar sinais neurais, traduzindo-os em comandos digitais. Apesar dos progressos, a empresa ainda enfrenta barreiras técnicas e regulatórias para viabilizar o uso comercial em larga escala.
Mais detalhes sobre o andamento dos estudos ainda não foram divulgados, mas a empresa reforçou que continuará investindo no aprimoramento de suas tecnologias para atender a um público cada vez mais amplo.
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