Microsoft tentou vender Bing para Apple; saiba por que não deu certo

 William Schendes
William Schendes

Em documento do processo antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra o Google, a gigante das buscas afirma que a Microsoft tentou vender o Bing para a Apple em 2018.

As informações foram divulgadas pela CNBC, que acessou o documento do processo que acusa o Google de manter o monopólio das buscas, se isolando das rivais ilegalmente.

Conforme o documento, o Google argumenta que a Microsoft ofereceu o Bing à Apple para ser o mecanismo de busca padrão do Safari em 2009, 2013, 2015, 2016, 2018 e 2020.

Porém, a fabricante teria recusado todas as vezes, citando problemas de qualidade com o buscador.

(Imagem: IA/ Copilot - Dall-E)

“Em cada caso, a Apple analisou atentamente a qualidade relativa do Bing em relação ao Google e concluiu que o Google era a escolha padrão superior para seus usuários do Safari. Isso é competição.”

- Google no documento.

No entanto, foi em 2018 que a Microsoft tentou vender o Bing para a Apple ou estabelecer uma joint venture (colaboração comercial).

Porém, a fabricante de iPhones não considerou significativo o investimento da Microsoft em qualidade de buscas, como relatou Eddy Cue, vice-presidente sênior de serviços da Apple, conforme o processo:

“A qualidade da busca da Microsoft, seu investimento em busca, tudo não foi significativo. E então tudo estava mais baixo. Portanto, a qualidade da pesquisa em si não era tão boa. Eles não estavam investindo em nenhum nível comparável ao do Google ou ao que a Microsoft poderia investir. E sua organização de publicidade e como eles monetizam também não eram muito bons.”

- Eddy Cue, Apple.

Durante o julgamento do Google em outubro do ano passado, Cue afirma que “se a Apple não recebesse pagamentos massivos do Google”, a fabricante teria desenvolvido seu próprio mecanismo de busca.

Atualmente, o Bing tem uma participação de mercado global de 3%, conforme dados do StatCounter, ferramenta de análise de tráfego na web. Já o Google domina o mercado de buscas com 91,4%.

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 William Schendes
William Schendes
Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Escreve sobre tecnologia, games e ciência desde 2022. Tem experiência com hard news, mas também produziu artigos, reportagens, reviews e tutoriais.
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