Método inovador de resfriamento pode substituir coolers e ventoinhas no futuro

 William Schendes
William Schendes

A busca por métodos de resfriamento mais eficientes e sustentáveis levou os cientistas do Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL, na sigla em inglês) a explorar novos materiais, resultando em uma potencial transformação na forma como refrigeramos casas, carros e dispositivos eletrônicos. A pesquisa, administrada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, destaca um método inovador de resfriamento em estado sólido, oferecendo vantagens sobre os sistemas tradicionais.

O novo método investigado pelo ORNL utiliza materiais que se beneficiam do "efeito magnetocalórico", que utiliza materiais capazes de absorverem e liberarem calor ao serem expostos a um campo magnético. Isso elimina a necessidade de refrigerantes tradicionais como coolers.

Além disso, o processo permite a criação de sistemas de resfriamento mais silenciosos, compactos e precisos no controle de temperatura, além de serem mais ecológicos.

Método resfriamento
(Imagem: Abdullah Abid/ Unsplash)

A equipe do ORNL também relata que está trabalhando numa liga de memória de forma magnética composta por níquel, cobalto, manganês e índio. A estrutura atômica dessa liga melhora a capacidade do material de armazenar e liberar calor, graças a estados desordenados conhecidos como "estados vítreos ferroicos".

Utilizando ferramentas avançadas, os pesquisadores identificaram padrões sincronizados de vibrações e ondas magnéticas no material, conhecidos como modos híbridos localizados de magnon-fônon que permitem triplicar o poder de resfriamento da liga, como explicou Michael Manley, líder do estudo ORNL.

Uma aplicação prática dessa tecnologia é o sistema de refrigeração AirJet da Frore Systems, apresentado na CES em Las Vegas. Este sistema utiliza minúsculas membranas que vibram em frequência ultrassônica para gerar uma corrente de ar, maximizando a transferência de energia térmica. Essa inovação permite o resfriamento eficiente e silencioso de chips em laptops, smartphones, tablets e mais.

A tecnologia não só melhora a eficiência energética e reduz o impacto ambiental, mas também pode, no futuro, revolucionar o design e a funcionalidade de diversos dispositivos eletrônicos e sistemas de resfriamento residencial e automotivo, por exemplo.

Com informações de The Register.

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 William Schendes
William Schendes
Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Escreve sobre tecnologia, games e ciência desde 2022. Tem experiência com hard news, mas também produziu artigos, reportagens, reviews e tutoriais.
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