Meta remove 63 mil contas ligadas a esquemas de extorsão financeira

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A Meta anunciou a remoção de aproximadamente 63.000 contas no Instagram, vinculadas a esquemas de extorsão financeira, conhecidos como "sextorsão", na Nigéria. A empresa revelou que essas contas estavam envolvidas em uma rede coordenada de golpistas, conhecidos como "Yahoo Boys", que visavam principalmente homens adultos nos Estados Unidos.

Insta capa celular Meta
Imagem: Divulgação

A operação, denominada "disrupção estratégica de rede", identificou e desativou cerca de 2.500 contas ligadas a um grupo de 20 indivíduos. Esses golpistas utilizavam contas falsas para esconder suas identidades e enganar suas vítimas. Segundo a Meta, a maioria das tentativas de golpe não foi bem-sucedida, mas algumas também visaram menores de idade.

As contas identificadas foram relatadas ao Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC), e informações relevantes foram compartilhadas com outras empresas de tecnologia por meio do programa Lantern da Tech Coalition.

Medidas adicionais e prevenção

Além das contas no Instagram, Meta removeu 7.200 ativos, incluindo 1.300 contas, 200 páginas e 5.700 Grupos no Facebook, todos envolvidos na disseminação de dicas para a realização de golpes, venda de roteiros de fraude e compartilhamento de links para coleções de fotos para contas falsas.

Desde o início da operação, sistemas automatizados têm identificado e bloqueado tentativas desses grupos de restabelecer suas atividades. Observando novas táticas, a Meta aprimorou a detecção de contas, grupos e páginas envolvidas em tais atividades.

Proteção de usuários e recursos de segurança

Para proteger os usuários, especialmente os mais jovens, a Meta implementou configurações de mensagem mais rígidas para adolescentes com menos de 16 anos (ou menos de 18 em certos países), impedindo que sejam contatados por pessoas com quem não estão conectados. Avisos de segurança também incentivam os jovens a serem cautelosos.

A empresa também está testando um recurso de proteção contra nudez no Instagram Direct Messages (DMs), que borrará imagens detectadas como contendo nudez, encorajará cautela ao enviar imagens sensíveis e direcionará os usuários para dicas de segurança e recursos, incluindo a plataforma "Take It Down" do NCMEC.

Esta plataforma ajuda a remover imagens ou vídeos sexuais de menores online, utilizando uma tecnologia de hash que protege a privacidade do usuário.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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