Max impõe cobrança por compartilhamento de senhas nos EUA​

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A plataforma de streaming Max, pertencente à Warner Bros. Discovery, iniciou uma nova política nos Estados Unidos para coibir o compartilhamento de senhas entre usuários de diferentes residências. A medida, que já vinha sendo discutida desde o ano passado, introduz a cobrança de US$ 7,99 (cerca de R$ 46) mensais por cada membro adicional fora do domicílio do assinante principal.

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Plataforma cobrará por compartilhamento de senhas (Imagem: Boliviainteligente/Unsplash)

O recurso, denominado Extra Member Add-On, permite que assinantes de qualquer plano adicionem um usuário externo com credenciais próprias de login e acesso completo ao serviço, limitado a um dispositivo por vez. Essa funcionalidade está disponível apenas para assinaturas feitas diretamente com a Max, excluindo pacotes adquiridos por meio de operadoras ou terceiros.

Para facilitar a transição, a Max também lançou a opção de transferência de perfil, permitindo que o histórico de visualização, recomendações e configurações personalizadas sejam migrados para o novo membro adicional.

Não é só a Max

A estratégia da Max segue movimentos semelhantes de outras plataformas de streaming. A Netflix, por exemplo, implementou restrições ao compartilhamento de senhas em 2023, cobrando US$ 8,99 (R$ 52) mensais por membro adicional sem anúncios e US$ 6,99 (R$ 40) com anúncios. O Disney+ também introduziu uma cobrança semelhante, com valores a partir de US$ 6,99 (R$ 40) mensais para assinaturas com anúncios.

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Valor cobrado por usuário extra nos EUA (Imagem: Divulgação/Max)

Embora a Max não tenha divulgado oficialmente quando começará a aplicar essas restrições de forma mais ampla, executivos da empresa indicaram que a implementação será gradual ao longo de 2025 e 2026. Inicialmente, a plataforma enviará mensagens informativas aos usuários identificados como compartilhadores frequentes de senhas, antes de aplicar medidas mais rigorosas.

E no Brasil?

No Brasil, ainda não há previsão para a adoção dessas medidas. A Max informou que, por enquanto, as mudanças são exclusivas para o mercado norte-americano. No entanto, considerando as ações semelhantes de concorrentes globais, é possível que políticas semelhantes sejam implementadas em outros países em um futuro (muito) próximo.

A Max oferece atualmente três planos nos Estados Unidos: o plano com anúncios por US$ 9,99 (R$ 58) mensais, o plano sem anúncios por US$ 16,99 (R$ 98) mensais e o plano Ultimate Ad-Free por US$ 20,99 (R$ 121) mensais, que inclui streaming em 4K.

A decisão da Max reflete uma tendência crescente entre os serviços de streaming de buscar (desesperadamente) novas formas de monetização, especialmente diante da saturação do mercado e da necessidade de aumentar a receita por usuário. Com mais de 110 milhões de assinantes globalmente, a plataforma busca equilibrar a expansão de sua base de usuários com a sustentabilidade financeira.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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