Considerado o maior mercado de smartwatches do mundo, a Índia deve receber dois novos modelos de anéis inteligentes muito em breve. Após trazer recursos como monitoramento de sono e saúde para os relógios, a BoAt e a Noise, duas empresas indianas líderes do mercado de smartswatches, estão expandindo seus negócios para os smart rings.
Frequentemente vistas nas listas entre os cinco principais fabricantes de wearables (dispositivos vestíveis), as duas empresas vêm ganhando cada vez mais espaço nesse mercado, competindo com gigantes como Apple, Samsung e Huawei. E ambas já anunciaram o lançamento de seus smart rings para um futuro próximo.
BoAt e Noise devem acelerar interesse em smart rings
De acordo com a empresa de pesquisa de mercado Counterpoint, a Índia registrou um crescimento de 167% no seu mercado de smartwatches em 2022. No terceiro trimestre deste ano passado, o país se tornou o maior mercado mundial deste tipo de wearable, ultrapassando outros grandes fabricantes, como Estados Unidos e China.
As remessas de wearables, incluindo smartwatches e fones de ouvido sem fio, que chegam ao país do sul da Ásia também são de grandes empresas como Apple e Samsung. Contudo, o mercado indiano também ganhou um forte impulsionamento de players locais. E o destaque fica para a BoAt e a Noise, que alcançaram 26,6% e 13,5% de participação, respectivamente, nesse mercado no terceiro trimestre de 2022.
Embora o mercado de smart rings no país ainda não tenha a mesma potência, a expectativa é de que a chegada de produtos da BoAt e da Noise acelere o interesse dos consumidores locais. E um dos principais motivos para o crescimento das duas fabricantes locais no país talvez seja outro incentivo para uma maior adoção dos anéis: preços acessíveis.
Segundo a pesquisa de mercado, o preço médio de venda de smartwatches na Índia caiu 44,9% em relação aos produtos de empresas de fora. Embora tragam menos recursos, os dispositivos de baixo custo ainda oferecem o máximo de funcionalidade possível e têm agradado.
A BoAt e a Noise dividem o mercado com outros dois players locais, a Ultrahuman e a Pi Ring, além da chinesa Oppo e de startups estadunidenses como a Oura.
Rastreamento mais preciso é a principal vantagem dos smart rings
Assim com os anéis já produzidos pela Ultrahuman e pela Pi Ring, BoAt e Noise querem trazer produtos que com recursos para rastreamento mais preciso de sono e saúde. Esse tipo de wearable se tornou uma boa opção no monitoramento de saúde por acessar artérias que um smartwatch não pode alcançar.
De acordo com Mohit Kumar, fundador e CEO da Ultrahuman, “se você tem qualquer dispositivo de oximetria de nível médico, você o utiliza no dedo. Você não o coloca no pulso. Isso ocorre principalmente porque esta é uma fonte de dados muito melhor,” afirmou em entrevista ao TechCrunch. Atualmente, a Ultrahuman conta com investimentos da iSeed, Steadview, Nexus Venture Partners e Blume.
Produtor também de um monitor contínuo de glicose (CGM), usado por pessoas pré-diabéticas ou diabéticas, a Ultrahuman tem planos de integrar o aparelho ao monitoramento do seu smart ring.
Quais devem ser os preços dos novos anéis
Atualmente, o Ring Air, da Ultrahuman, é vendido por US$349. Kumar declarou que a startup está tentando tornar o aparelho mais acessível, mas os cuidados em manter a precisão médica das funções do anel ainda impedem a abixa de preço.
A BoAt, por sua vez, promete lançar um smart ring com preço abaixo dos US$80. Já a Noise revelou que, dessa vez, seu novo produto estava mirando no segmento premium.
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