Criado antes do MSN, o ICQ, lançado em 1996 pela empresa israelense de software Mirabilis, foi um dos primeiros serviços de mensagens instantâneas. Nesta semana, a plataforma anunciou que está encerrando suas operações em todo o mundo.
A empresa VK, que passou a administrar o serviço em 2010, anunciou o fim da rede social a partir de 26 de junho, incentivando os usuários a migrarem para outros serviços de bate-papo.
O ICQ, abreviação da pronúncia de “I Seek You” (“Eu Procuro Você”, em português), fez sucesso entre os jovens brasileiros dos anos 2000, que utilizavam a internet discada para conversar com os amigos. Globalmente, a rede social teve um pico de 100 milhões de contas registradas no início da década de 2000.
Com o lançamento do MSN da Microsoft em 1999, o ICQ perdeu espaço. No entanto, na década de 2010, após ser vendido pela AOL para a Digital Sky Technologies (proprietária da VK, posteriormente renomeada para Mail.ru), o serviço conquistou uma nova geração por meio de um aplicativo móvel com a interface parecida com a do WhatsApp.
No Brasil, durante a Copa do Mundo de 2014, o aplicativo do ICQ conquistou 1 milhão de novos usuários brasileiros em apenas uma semana. A aplicação atingiu o primeiro lugar na lista de mais baixados da App Store.
Em setembro de 2023, a Justiça Federal do Distrito Federal determinou que o ICQ fosse bloqueado no Brasil. De acordo com as autoridades, a rede social estava sendo utilizada para compartilhar mídias de nudez envolvendo crianças e adolescentes, além de conteúdos de abuso sexual.
No entanto, mesmo com o bloqueio, o ICQ ainda podia ser acessado em território nacional, como revelou uma apuração do Núcleo Jornalismo.
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