iPhone 18 pode ficar mais caro com chip A20 de 2nm

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A Apple planeja equipar a linha iPhone 18 com o novo chip A20, produzido com litografia de 2 nanômetros, segundo informações divulgadas por fontes da cadeia de suprimentos chinesa e confirmadas por sites especializados. A tecnologia de fabricação, que será fornecida pela TSMC, promete bons ganhos de desempenho e eficiência, mas deve aumentar os custos de produção e, consequentemente, o preço final dos dispositivos.

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Novos processadores da Apple em litografia de 2nm (Imagem: @javilosana)

A plataforma A20 pode entregar um aumento de até 15% em desempenho em comparação com o A19, mantendo o mesmo nível de consumo energético. Isso será possível graças à adoção da litografia de 2nm, que permite integrar mais transistores em um espaço menor, aumentando a densidade do chip sem prejudicar a autonomia da bateria.

A expectativa é que a nova linha de iPhones seja lançada em 2026, marcando a estreia comercial da TSMC com essa tecnologia.

Novas fábricas

A TSMC está construindo duas novas fábricas para atender à demanda pelo processo de 2nm, com uma terceira em avaliação. A Apple, como principal cliente da fabricante taiwanesa para esses chips, deve ser a primeira a recebê-los, repetindo a estratégia adotada em gerações anteriores, como no A17 Pro e A16 Bionic.

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Evolução dos chips da TSMC (Imagem: Divulgação/TSMC)

Apesar dos avanços, a migração para uma litografia mais avançada tende a elevar os custos de fabricação. A TSMC cobra valores significativamente mais altos pelos chips de 2nm, segundo analistas do setor, o que pode impactar diretamente no preço dos modelos da linha iPhone 18. Esse cenário se agrava diante das possíveis novas tarifas de importação dos Estados Unidos sobre semicondutores e produtos vindos da China.

Outros rumores indicam que o A20 pode adotar tecnologias de empacotamento semelhantes às usadas no chip M2 Ultra, como o CoWoS (Chip-on-Wafer-on-Substrate), permitindo maior integração entre o processador, memória e componentes auxiliares. Essa solução pode otimizar a comunicação interna e melhorar o desempenho geral do dispositivo sem aumento significativo de consumo energético.

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Chips cada vez menores e mais eficientes (Imagem: Divulgação/TSMC)

Há ainda especulações sobre o uso de baterias de silício-carbono nos futuros iPhones, o que permitiria maior capacidade de carga mantendo o tamanho compacto dos aparelhos. Essa inovação poderia, inclusive, viabilizar a redução do consumo máximo de energia do chip A20, sem comprometer sua performance.

Com esses avanços técnicos e o cenário global de custos mais altos, analistas sugerem que a Apple pode seguir a tendência de elevar os preços da próxima geração do iPhone. A decisão final deve considerar o equilíbrio entre os ganhos de desempenho, a aceitação do consumidor e os desafios de mercado enfrentados por fabricantes de smartphones premium.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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