Intel anuncia litografia de apenas 1 nanômetro e fábricas autônomas com IA até 2027

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A Intel revelou seu ambicioso plano para o futuro da produção de processadores, incluindo o desenvolvimento da litografia "Intel 10A", projetada para ser um processo de apenas 1 nanômetro, com previsão de lançamento em 2027.

A empresa compartilhou detalhes durante um evento da Intel Foundry, segundo relatou o Tom´s Hardware, destacando a inovação tecnológica que visa oferecer avanços significativos em eficiência e desempenho.

A mudança na nomenclatura das litografias pela Intel em 2022, abandonando a medida em "nanômetros" para adotar uma abordagem mais genérica, reflete a mesma estratégia adotada pela TSMC e Samsung.

A nova litografia, marcada como 10A, representa a próxima geração no cronograma da Intel, com uma capacidade de produção semanal massiva prevista para 2028, conforme indicado em gráficos divulgados pela empresa.

Nova litografia a caminho (Imagem: Pexels)

A empresa planeja uma transição gradual para litografias baseadas em EUV (Extreme Ultraviolet), como evidenciado pelos processadores Core Ultra. Esta transição implicará na redução da produção de hardware com tecnologias de 14 nanômetros, 12 nanômetros e Intel 7, já utilizados há alguns anos.

Além disso, a Intel está comprometida em transformar suas fábricas de semicondutores em operações autônomas, aproveitando a inteligência artificial (IA) em todas as fases de produção.

Linha do tempo da Intel (Imagem: Tom´s Hardware)

O vice-presidente executivo e diretor de Suprimentos da Intel Foundry, Keyvan Esfarjani, revelou planos para a automação desde o planejamento até melhorias no rendimento de "wafers" (placas de silício em que são feitos os processadores).

A implementação incluirá também a colaboração com "Cobots", robôs colaborativos, para trabalhar em conjunto com os operários humanos.

Relatos sugerem que a Intel está em negociações com o governo americano em busca de um subsídio superior a US$ 10 bilhões. Este apoio financeiro, conforme previsto na CHIPS and Science Act, sancionada por Joe Biden, visa fortalecer as operações das fábricas locais e impulsionar a competitividade no setor de semicondutores no país.

A legislação também oferecerá incentivos semelhantes a outras líderes do setor, como TSMC e Samsung. O cenário promete intensificar a competição no território norte-americano, impulsionando a inovação e a produção de novas tecnologias.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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