A Infinix, marca pertencente ao grupo chinês Transsion, revelou um protótipo de smartphone que se dobra verticalmente em três partes, desafiando os designs atuais do mercado.
Batizado de Mini Tri-Fold, o dispositivo foi apresentado como um "conceito experimental" e deve ser exibido no MWC 2025 (Mobile World Congress), que começa em 26 de fevereiro em Barcelona. A informação foi confirmada por fontes da empresa ao site GSM Arena.
Novo design?
Diferente dos modelos tradicionais, como o Galaxy Z Fold 6 (Samsung) e o Mate X5 (Huawei), que dobram horizontalmente, o Mini Tri-Fold usa duas dobradiças para se transformar em um aparelho ultracompacto ou expandir para formatos semelhantes a um tablet. A proposta inclui modos inéditos, como suporte para videochamadas e multitarefa com divisão de tela em até três seções. A Infinix, no entanto, não divulgou especificações técnicas, preço ou data de lançamento.
A aposta ocorre em um momento de expansão do mercado de dobráveis. Dados da IDC apontam que as vendas globais desse tipo de dispositivo cresceram 50% no último ano, impulsionadas por marcas asiáticas. A Transsion, dona da Infinix, já é a quinta maior fabricante de smartphones do mundo, com 8% do mercado global, segundo a Counterpoint Research. A empresa tem investido em modelos premium, como a linha Zero, para competir com Xiaomi e Oppo.
Especialistas destacam, porém, os desafios. Problemas de durabilidade ainda são a principal reclamação em dobráveis, além do alto custo de produção.
Apesar das dúvidas, o conceito do Mini Tri-Fold reacende o debate sobre inovações no setor. Em 2022, a Xiaomi exibiu um protótipo de smartphone com duas dobradiças, mas nunca o lançou. Já a Samsung patenteou um tri-fold em 2021, sem avanços práticos. A Infinix tenta se posicionar como uma das mais inovadoras, aproveitando a visibilidade do MWC para atrair parceiros.
Se o modelo chegar às lojas, enfrentará concorrência acirrada. Além de Samsung e Huawei, a Motorola prepara um modelo dobrável com tela externa maior. Enquanto isso, o preço médio dos dobráveis no Brasil ultrapassa R$ 10 mil, o que limita o acesso. A aposta da Infinix, porém, mantém o mercado em alerta: e se triplicar as dobras for o próximo passo?
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