Lançado inicialmente na China em setembro de 2024, o Huawei Mate XT, primeiro smartphone com tela tri-dobrável da marca já ultrapassou a marca de 400 mil unidades vendidas. A informação vem de fontes chinesas, e o número chama atenção pelo preço elevado do aparelho e por se tratar de um produto de primeira geração, com distribuição ainda bem limitada fora do mercado chinês.
O dispositivo, que chegou ao mercado com foco na inovação em design de telas, foi posteriormente lançado globalmente em fevereiro de 2025. Apesar da expansão, a ausência de serviços Google continua sendo um obstáculo para sua adoção em mercados internacionais, especialmente na Europa e América do Norte. Além disso, o valor do aparelho sofre acréscimos fora da China devido a tarifas de importação e impostos locais.
Essas vendas expressivas podem ser atribuídas ao forte apelo do produto junto ao público chinês, que tem demonstrado crescente interesse por formatos dobráveis. Vale lembrar que os smartphones dobráveis já representam mais de 10% do total de vendas de celulares premium no mercado chinês, de acordo com levantamento recente da Counterpoint Research.
O Mate XT conta com uma tela OLED de 8,03 polegadas totalmente aberta, que se divide em três segmentos ao ser dobrada, oferecendo múltiplas opções de uso. Seu mecanismo de dobra tripla permite que o aparelho assuma configurações de tablet e também de um smartphone compacto. O chipset embarcado é o Kirin 9000S, desenvolvido pela própria Huawei com fabricação nacional, já que a empresa ainda enfrenta restrições comerciais com fornecedores internacionais.
A Huawei ainda não confirmou oficialmente os números de vendas, mas os dados coincidem com previsões anteriores do mercado asiático, que apontavam uma demanda inicial sólida, especialmente entre consumidores de alto poder aquisitivo e entusiastas de tecnologia. A empresa não divulgou metas oficiais de vendas para 2025, mas os números sugerem que o Mate XT pode superar as expectativas internas.
Porém, a consolidação do formato tri-fold ainda depende da confiabilidade a longo prazo do mecanismo de dobradiça e da resistência do display, questões que não foram totalmente resolvidas em gerações anteriores de dobráveis.
Mesmo sem a presença de aplicativos e serviços do Google, a Huawei vem apostando no sistema HarmonyOS e na loja AppGallery como alternativas para garantir a autonomia do seu ecossistema de software. A marca também investe fortemente em integração com outros dispositivos, como wearables e notebooks.
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Com informações do GSM Arena.
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