IA prevê se uma pessoa vai morrer nos próximos anos (e acerta 78% das vezes)

Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo

Cientistas da Universidade Técnica da Dinamarca desenvolveram um algoritmo de inteligência artificial capaz de fazer previsões sobre os próximos anos de vida de uma pessoa. Isso inclui comportamentos, o que esta pessoa pode pensar e sentir e até se ela pode vir a morrer neste período.

Previsões são feitas com base na história de vida da pessoa

Conforme explicado no estudo publicado esta semana na revista Nature Computational Science, o modelo de algoritmo chamado life2vec foi alimentado com informações de mais de 6 milhões de pessoas reais.

Com origem de um registro de dados da Dinamarca no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2015, essas informações incluíram local de residência, profissão, rendimentos, quantidade de filhos, lesões, estudos, problemas de saúde, relacionamentos, hábitos diários, entre vários outros detalhes.

A partir de técnicas de processamento de linguagem, o life2vec foi capaz de interpretar frases com base nos dados e mapear os múltiplos fatores de compõem a vida de diferentes pessoas e utilizar aprendizado de máquina.

Imagem: Shutterstock / FAMILY STOCK

De acordo com Sune Lehmann, principal autor do estudo e professor da Universidade Técnica da Dinamarca, o algoritmo foi capaz de fazer previsões sobre comportamentos, sentimentos e até pensamentos dessas pessoas nos próximos anos.

Já para tentar prever se uma pessoa poderia morrer dentro dos próximos 4 anos, a equipe de cientistas usou dados de 2,3 milhões de pessoas entre 35 e 65 anos de idade, uma faixa etária na qual costuma ser mais difícil calcular taxa de mortalidade.

Já alimentado com esses dados, o life2vec analisou a vida de outras 100 mil pessoas para calcular a probabilidade de cada uma de sobreviver após 2016. Metade do grupo de análise foi composto por participantes que já haviam falecido, e a outra metade segue viva.

Apesar de não saber dessa divisão previamente, o algoritmo conseguiu responder corretamente 78% das vezes quando questionado quais participantes já haviam morrido.

Se chegar a ficar disponível para o público, o algoritmo poderia ajudar no alerta para cuidados com a saúde, embora precise ser avaliado se a prática se adéqua a diferentes legislações. Além disso, as leis de privacidade dinamarquesas tornariam a utilização do life2vec ilegal em caso de tomada de decisões como redigir apólices de seguro.

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Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora ávida de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades deste mundo.
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