Desde o rápido crescimento da tecnologia de Inteligência artificial, profissionais de diferentes setores ficaram receosos sobre o futuro de seus empregos. Uma nova pesquisa realizada pelo McKinsey Global Institute, contudo, apontou que a IA pode vir a criar entre 20 e 50 milhões de novos empregos até 2023.
Apesar de ser positivo sobre o futuro reservar um bom número de empregos, o estudo aponta que, na maioria das áreas, haverá uma transição desafiadora para novas funções e tarefas.
Até 375 milhões de pessoas poderão ter que mudar de categoria profissional e aprender novas competências
Aqui temos a estimativa que pode seguir assustando profissionais de diferentes setores. De acordo com os dados do McKinsey Global Institute, 75 a 375 milhões de pessoas podem vir a ter que mudar de categoria profissional e aprender novas competências para se manter no mercado de trabalho.
Segundo o estudo, entre 400 milhões e 800 milhões de indivíduos poderão ser deslocados pela automação e precisarão encontrar novos empregos até 2030.
"Novos empregos estarão disponíveis, com base nos nossos cenários de procura de mão-de-obra futura e no impacto líquido da automação. No entanto, as pessoas precisarão encontrar seu caminho para esses empregos. Do total de deslocados, 75 a 375 milhões poderão ter de mudar de categoria profissional e aprender novas competências", esclarece a pesquisa.
Que áreas devem ter crescimento de emprego neste contexto
Conforme o McKinsey Global Institute explica, é fácil perceber profissionais que foram deslocados para outras funções por causa da tecnologia. Contudo, há outros empregos criados indiretamente por essas mudanças que podem ser menos visíveis.
Segundo a pesquisa, as categorias com a maior percentagem de crescimento do emprego líquido de automação incluem o seguinte:
- Prestadores de cuidados de saúde
- Profissionais como engenheiros, cientistas, contadores e analistas
- Profissionais de TI e outros especialistas em tecnologia
- Gerentes e executivos, cujo trabalho não pode ser facilmente substituído por máquinas
- Educadores, especialmente em economias emergentes com populações jovens
- “Criativos”, uma categoria pequena mas crescente de artistas, performers e artistas que serão procurados à medida que os rendimentos crescentes criam mais procura por lazer e recreação
- Construtores e profissões afins, principalmente no cenário que envolve maiores investimentos em infraestrutura e edifícios
- Trabalhos manuais e de serviços em ambientes imprevisíveis, como auxiliares de saúde domiciliar e jardineiros
O Instituto ainda deu mais detalhes sobre alguns desses setores. O estudo explica que a necessidade por mais profissionais da área de saúde, por exemplo, pode crescer devido a estimativa de que, até 2030, pelo menos mais 300 milhões de pessoas alcancem 65 anos ou mais do que havia em 2014.
Com isso, o padrão de despesas pessoais mudam, passando a incluir cuidados de saúde e outros serviços. De acordo com o estudo, isso criará uma nova procura significativa por profissionais de saúde e auxiliares de saúde ao domicílio. "Globalmente, estimamos que os cuidados de saúde e os empregos relacionados com o envelhecimento poderão aumentar entre 50 milhões e 85 milhões até 2030."
Como já esperado, os empregos relacionados com o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias também poderão crescer.
"A despesa global em tecnologia poderá aumentar mais de 50 por cento entre 2015 e 2030. Cerca de metade seria em serviços de tecnologia de informação. O número de pessoas empregadas nestas profissões é pequeno quando comparado com o dos cuidados de saúde ou da construção, mas são profissões com salários elevados. Até 2030, estimamos que esta tendência poderá criar entre 20 milhões e 50 milhões de empregos a nível mundial."
O maior desafio dos países
O McKinsey Global Institute destaca que, com crescimento econômico, inovação e investimento suficientes, pode haver criação de novos empregos suficientes para compensar o impacto da automação que a IA pode trazer para o mercado de trabalho.
Contudo, o instituto alerta que será necessário que algumas economias avançadas façam investimentos adicionais de acordo com o cenário de aceleração para reduzir o risco de escassez de empregos.
"Um desafio maior será garantir que os trabalhadores tenham as competências e o apoio necessários para a transição para novos empregos. Os países que não conseguirem gerir esta transição poderão assistir a um aumento do desemprego e a uma diminuição dos salários," prevê o estudo.
SAIBA MAIS!
- X é rede com mais desinformação da União Europeia e Musk recebe alerta
- Red Dead Redemption 2 deve ser relançado para Nintendo Switch no Brasil
- Spotify não vai banir completamente músicas feitas com IA
- Brasil tem consumo recorde de energia durante onda de calor