Hackers ligados à Coreia do Norte roubaram mais de US$ 1 bilhão em 2023

Adriano Camargo
Adriano Camargo

A Chainalysis, plataforma de blockchain, divulgou novos dados sobre fundos de criptomoedas roubados.

O levantamento faz parte do Crypto Crime Report deste ano, e afirma que hacker ligados à Coreia do Norte estiveram envolvidos em 20 ciberataques somente em 2023, nos quais roubaram aproximadamente US$ 1 bilhão (cerca de 4,9 bilhões de reais), uma queda de 41% ante o pico histórico de US$ 1,7 bilhão (cerca de 8,3 bilhões de reais) roubados em 2022.

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Ataques para roubo de cripto diminuíram em 2023 (Imagem: freepik)

Os hackers norte-coreanos tiveram alvos diversificados no ecossistema cripto: US$ 428,8 milhões de plataformas DeFi, US$ 150 milhões de serviços centralizados, US$ 330,9 milhões de exchanges e US$ 127 milhões de serviços de wallet – isso inclui o hack do Atomic Wallet, um serviço de carteira de criptomoedas sem custódia, que somou perdas de US$ 129 milhões.

O total de fundos de criptomoedas roubados globalmente, que inclui ataques de hackers ligados à Coreia do Norte, diminuiu aproximadamente 54,3%, para US$ 1,7 bilhão, em grande parte devido a uma queda no hacking de DeFi (63,7%).

Essa retração pode ser atribuída a uma melhoria dos protocolos de segurança nas plataformas.

No entanto, ainda ocorreram hacks notáveis em plataformas DeFi em 2023. Em março, por exemplo, o Euler Finance, um protocolo de empréstimo no Ethereum, sofreu um ataque rápido que levou a perdas de cerca de US$ 197 milhões.

Julho de 2023 viu 33 hacks – o maior número de qualquer mês – que incluíram US$ 73,5 milhões roubados da Curve Finance.

Uma análise da Halborn, empresa de segurança especializada em web3 e blockchain, indica que os hackers estão explorando vulnerabilidades dentro e fora da blockchain.

"Historicamente, a maioria dos hacks de DeFi resultou de vulnerabilidades no design e implementação de contratos inteligentes – uma grande proporção dos contratos afetados que examinamos não foram submetidos a nenhuma auditoria ou foram auditados de forma inadequada", disse Mar Gimenez-Aguilar, arquiteto-chefe de segurança e pesquisador da Halborn.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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