Usuários do iPhone que utilizavam o Gemini — assistente de IA do Google — pelo aplicativo principal da empresa receberam um e-mail na última terça-feira (18) informando sobre a descontinuação do recurso.
A partir de agora, quem quiser acessar o assistente precisa baixar o aplicativo dedicado Gemini for iOS, disponível na App Store desde novembro de 2024. A mudança, confirmada pelo 9to5Mac, faz parte de uma estratégia da Google para consolidar ferramentas de IA em produtos independentes.
Impacto na experiência do usuário
Quem tentar acessar o Gemini pelo aplicativo do Google no iOS será redirecionado a uma tela com o aviso: "Gemini tem seu próprio aplicativo. Baixe o Gemini para iPhone". A versão autônoma já inclui funções como o Imagen 3 (geração de imagens) e o Gemini Live (conversação em múltiplos idiomas), além de integração com serviços como Google Maps e YouTube. Testes mostraram que a transição não afeta dados ou histórico salvo na conta do usuário.
Por que separar os aplicativos?
A decisão reflete uma tendência do mercado: em 2023, a Google já havia dividido o Google Meet do Duo, por exemplo. Especialistas apontam que apps independentes facilitam atualizações mais focadas.
A estratégia, porém, divide opiniões. No Reddit, usuários reclamam da necessidade de alternar entre aplicativos. "É inconveniente ter dois ícones para funções que antes estavam unidas", escreveu um membro do fórum.
Riscos e oportunidades para o Google
A medida pode aumentar a visibilidade do Gemini, que compete diretamente com o ChatGPT e o Copilot da Microsoft. Dados indicam que o aplicativo dedicado teve 2,5 milhões de downloads globais em seu primeiro mês — número modesto frente aos 15 milhões do ChatGPT Mobile no mesmo período.
Por outro lado, a fragmentação de serviços preocupa. Um relatório de 2024 da App Annie mostra que 68% dos usuários de smartphone evitam instalar apps redundantes, mostrando a importância para o Google em garantir que o Gemini ofereça vantagens claras para justificar o download extra.
Essa migração ocorre em meio a críticas sobre o tratamento de dados pelo Gemini. Em janeiro, a União Europeia abriu investigação sobre o uso de informações pessoais para treinar modelos de IA, segundo a Reuters. O aplicativo independente solicita permissões específicas, como acesso ao microfone para o Gemini Live, o que pode gerar novos debates sobre transparência.
O que esperar?
A Google não comentou se a mudança chegará ao Android, onde o Gemini ainda está integrado. Para iOS, a empresa promete "novas funcionalidades exclusivas" no app autônomo nos próximos meses.
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Com informações do Android Central.
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