Google cria agente de IA que consegue jogar videogame

 William Schendes
William Schendes

O Google apresentou nesta semana seu agente de inteligência artificial capaz de jogar videogames de maneira semelhante aos humanos. O SIMA (Scalable Instructable Multiworld Agent) foi treinado com muitas horas de vídeos de gameplay por humanos e consegue concluir objetivos nos jogos por meio de instruções simples.

Modelos de IA capazes de jogar não são novidade, mas de acordo com o Google, o novo agente de IA representa a primeira vez que um agente pode “compreender uma ampla gama de mundos de videogames e seguir instruções para realizar tarefas nos games, como um humano faria”.

(Imagem: IA/ Copilot)

A partir de vídeos de gameplay e tutoriais por humanos, o agente consegue associar representações visuais de ações, objetos e interações dentro do jogo.

O DeepMind, laboratório de projetos de IA do Google, explica que o SIMA foi avaliado em 600 habilidades básicas (“virar a esquerda”, por exemplo), interações com objetos (“subir a escada”) e ações em menus (“abrir o mapa”).

Os pesquisadores do DeepMind, destacam que o SIMA foi treinado a partir de parcerias com desenvolvedores de jogos de oito estúdios. Os títulos que o agente foi testado incluem No Man's Sky, Vallheim, Goat Simulator 3 e Satisfactory.

“Cada jogo do portfólio da SIMA abre um novo mundo interativo, incluindo uma série de habilidades para aprender, desde a simples navegação e uso de menus até a mineração de recursos, pilotar uma nave espacial ou criar um capacete.”

- Google DeepMind.

A empresa também explica que o agente não tem acesso ao código-fonte do jogo, tudo que ele precisa são as imagens da tela e instruções simples de linguagem natural que são fornecidas pelo usuário. Então, utilizando os comandos de teclado e mouse, o SIMA consegue executar as tarefas do jogo.

Os testes com o agente também demonstraram que ele necessita da linguagem para funcionar adequadamente. Em um teste que o SIMA não recebeu nenhum tipo de treinamento ou instruções linguísticas, ele conseguiu realizar tarefas como reunir recursos, mas não conseguiu atingir os objetivos do jogo.

A equipe do DeepMind diz que continuará expondo o SIMA para mais mundos de jogos para melhorar sua versatilidade e compreensão, o que permitirá que ele siga instruções com uma “linguagem de nível superior” para atingir objetivos mais complexos dos games.

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 William Schendes
William Schendes
Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Escreve sobre tecnologia, games e ciência desde 2022. Tem experiência com hard news, mas também produziu artigos, reportagens, reviews e tutoriais.
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