Google anuncia seu buscador com IA Generativa no Brasil

Adriano Camargo
Adriano Camargo

Em mais um avanço na corrida das Inteligências Artificiais, o Google lançou no Brasil, nesta quarta-feira (8), a busca com IA generativa, conhecida como Experiência de Pesquisa Generativa (SGE, em inglês), agora disponível em português.

SGE do Google (Imagem: Divulgação)

Os usuários brasileiros podem desfrutar das inovações oferecidas por essa inteligência artificial de última geração, que promete tornar a navegação mais intuitiva e eficaz. Ela promete transformar a funcionalidade do mecanismo de busca, afirmou a empresa.

A nova funcionalidade, conforme descreve o Google, é equiparada a possuir um assistente de pesquisa pessoal, capaz de trazer respostas mais assertivas e de maneira mais acessível. Não se trata apenas de uma ferramenta de busca, mas sim de um portal para o conhecimento, destinado a mudar a forma como navegamos na internet.

Isso inclui:

  • Modo conversacional - Explore informações em uma pesquisa, com respostas instantâneas geradas por IA, com links para diversas fontes na internet;
  • Resumos gerados por IA - Para uma rápida visão geral sobre o tópico de sua pesquisa;
  • Resultados confiáveis - Respostas voltadas para destacar as fontes das informações, com uma série de links e detalhes.

Essa abordagem não apenas economiza tempo, mas melhora a experiência de pesquisa com diversas perspectivas e dados. A IA generativa ainda apresenta sugestões de próximas etapas na pesquisa, como perguntas relacionadas, permitindo um diálogo interativo com o Google para um entendimento mais aprofundado capaz de investigar mais a fundo tópicos específicos.

Atualmente, o recurso está disponível apenas por meio do Search Labs, um novo programa que permite testar em primeira mão essa nova tecnologia. Os interessados podem experimentar e explorar os recursos oferecidos.

Bruno Pôssas, Vice-presidente de Engenharia para a Busca do Google, enfatizou o esforço da empresa em desenvolver uma experiência responsável e cuidadosa ao trazer a IA generativa para o sistema de busca. "Projetamos essas novas experiências para destacar e chamar a atenção para o conteúdo na web, facilitando o acesso a mais links e a uma ampla gama de fontes de informação”, disse o executivo.

Bruno Pôssas, do Google (Imagem: Google)

Como usar?

Para ativar a busca com IA generativa, os usuários podem acessar a página do Search Labs, uma nova plataforma que convida os usuários a testarem e que será o futuro das tecnologias de busca, diretamente no Google Chrome. É só escrever no campo de busca "Search Labs" que você será direcionado para ativar a função.

A funcionalidade estará disponível no navegador de desktop a partir de hoje, com previsão de disponibilidade gradual para Android e iOS na próxima semana, por meio do aplicativo de buscas do Google.

Apresentação do Search Labs (Imagem: Google)

Comparação entre SGE, ChatGPT e Bard

Enquanto o ChatGPT foi adaptado pela Microsoft para seu mecanismo de busca (o Bing), o Google adotou uma abordagem distinta com sua estratégia de inteligência artificial, desenvolvendo o SGE e mantendo o Bard em um contexto específico.

O Bard, um chatbot similar ao desenvolvido pela OpenAI, foi projetado para tarefas mais criativas, como criação de conteúdo personalizado, incluindo textos para e-mails, imagens elaboradas e até apresentações de slides. Por essa razão, o chatbot foi integrado ao Gmail e YouTube em setembro. Enquanto isso, o SGE foi criado com o propósito de obter informações qualificadas, mas por meio de uma conversação mais direta.

Segundo Pôssas, a utilização de múltiplas perguntas no SGE é direcionada para jornadas mais extensas, como o planejamento de uma viagem ou a compra de um veículo. Ele enfatiza que essas situações demandam várias buscas devido à complexidade das tarefas, que precisam ser divididas em partes menores para facilitar o processo.

Assuntos polêmicos?

O executivo admite que o SGE não será aplicável em todos os contextos. Ele estará disponível somente em situações onde o Google pode confiar nas informações coletadas. Temas como conteúdo explícito ou questões de saúde, que possam envolver diagnósticos, são exemplos de tópicos nos quais a plataforma não atuará.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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