Galaxy Ring quebrou ou deu problema? O jeito é jogar no lixo

Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo

Um dos mais novos integrantes do mercado de anéis inteligentes, o aguardado Galaxy Ring da Samsung, infelizmente, também tem uma das características mais inconvenientes de concorrentes como o Oura Ring: ele não pode ser consertado.

A plataforma iFixit realizou uma desmontagem do anel da Samsung e descobriu que, caso quebre ou dê defeito, o dispositivo apenas será descartado, sem possibilidades de ser consertado ou de substituir peças.

É impossível chegar à bateria do Galaxy Ring sem destruí-lo

galaxy ring destruído
A bobina de carregamento e o conector de pressão abaixo após a desmontagem (Imagem: iFixit)

Durante o processo de desmontagem do Galaxy Ring, o iFixit observou que, assim como acontece com a série Oura Ring, é impossível chegar até a bateria do anel da Samsung sem destruir o dispositivo por completo.

Isso significa que, caso o Galaxy Ring apresente problemas ou a sua bateria acabe por completo sem possibilidades de recarga, o wearable não poderá ser reparado. Para um dispositivo tão caro, o curto tempo de vida útil e a impossibilidade de reparo são pontos que precisam ser revistos com urgência pela marca.

“Em relação a outros eletrônicos modernos, este é um dispositivo bem simples. Não há nada de errado com o simples, mas há algo de errado com o irreparável. Assim como o Galaxy Buds 3, o Galaxy Ring é um acessório de tecnologia descartável que não foi projetado para durar mais do que dois anos”, explicou o site iFixit.

Recentemente, a página Android Authority teve a confirmação do Google de que o recém lançado Pixel Watch 3 também não pode ser reparado. Em casos de problemas e danos não causados pelo usuário, o Google envia um novo relógio.

Já existem legislações de direito de reparo

Em abril de 2024, o Parlamento Europeu adotou a diretiva relativa ao direito à reparação. Essa legislação tem como objetivo incentivar um consumo mais sustentável ao facilitar a reparação de produtos defeituosos, reduzindo os resíduos e apoiando o setor da reparação.

Os novos produtos da Samsung e do Google, contudo, vão justamente contra essa lei, num período histórico durante o qual a crise climático e do meio ambiente pede medidas de controle de resíduos urgentemente.

Ainda não se sabe, contudo, se a União Europeia vai exigir mudanças dessas marcas para a comercialização dos produtos na região. Dadas as exigências que a recente Lei de Mercados Digitais teve com gigantes da tecnologia - como Meta, X e Google - há chances de UE tentar mudar esse cenário de irreparabilidade do Galaxy Ring e do Pixel Watch 3.

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Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora ávida de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades deste mundo.
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