A Samsung pode estar prestes a redefinir os padrões de duração de bateria em wearables com a adoção de uma tecnologia inovadora. Fontes próximas ao desenvolvimento indicam que o próximo Galaxy Ring, previsto para o quarto trimestre deste ano, deve ser o primeiro dispositivo da marca a utilizar baterias de estado sólido, com densidade energética de até 360Wh/L — um aumento significativo em relação aos 200Wh/L alcançados em protótipos anteriores.

Mais energia, menos riscos
As baterias de estado sólido substituem o eletrólito líquido por um componente sólido, o que reduz drasticamente o risco de superaquecimento e incêndios, um avanço crucial especialmente para dispositivos usados diretamente no corpo. Além da segurança, a tecnologia permite maior armazenamento de energia no mesmo espaço. Isso pode elevar a autonomia do Galaxy Ring 2 para além dos sete dias do modelo atual, aproximando-se de concorrentes como o RingConn Gen 2, que oferece até 12 dias.
Custos e desafios
Apesar das vantagens, a produção dessas baterias ainda é mais cara que a das tradicionais de íon-lítio, o que pode impactar o preço final do anel inteligente. O Galaxy Ring original já custa US$ 400 (R$ 3.499 no Brasil), e a Samsung enfrenta o desafio de equilibrar a inovação com a acessibilidade. Especialistas sugerem que a empresa priorizou wearables menores, como o Galaxy Ring, devido à capacidade reduzida de bateria necessária, tornando a transição tecnológica mais viável economicamente.
E a Samsung não está sozinha nessa jornada. A TDK, fornecedora da Apple, anunciou em 2024 uma bateria de estado sólido com densidade energética de 1.000Wh/L — 100 vezes superior às suas versões anteriores. A inovação, batizada de CeraCharge, tem como alvo dispositivos como AirPods e Apple Watch, com planos de substituir as pilhas em formato de moeda, seguindo regulamentações ambientais da União Europeia.

Expansão para outros dispositivos
Além do Galaxy Ring 2, a Samsung planeja introduzir baterias de estado sólido em seus fones de ouvido sem fio até 2026 e nos relógios Galaxy Watch até 2027. A ausência de smartphones nesse cronograma reflete os obstáculos para escalar a tecnologia: baterias maiores exigem materiais mais resistentes, e os custos de produção ainda são proibitivos para dispositivos de alta capacidade.
Impacto ambiental e futuro
A transição para baterias recarregáveis de estado sólido também atende a demandas por sustentabilidade. Normas europeias já pressionam por alternativas menos poluentes, e a reciclabilidade dessas baterias pode ser um trunfo adicional. Enquanto isso, a Samsung investe paralelamente em baterias de silício-carbono para smartphones, buscando aumentar a capacidade sem aumentar o volume — rumores sugerem uma bateria de 7.000 mAh para o Galaxy S26 Ultra.
Com lançamentos iminentes e concorrentes em alerta, a era das baterias de estado sólido em wearables parece mais próxima do que nunca. Resta saber se os consumidores estarão dispostos a pagar pelo salto tecnológico — e se a Samsung conseguirá entregar promessas sem comprometer a confiabilidade.
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Com informações do Phone Arena.
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