O Departamento de Comércio dos Estados Unidos está programando uma investigação para identificar quais empresas do país adquirem chips legados de origem chinesa.
A secretária de comércio, Gina Raimondo, anunciou que a pesquisa terá início em janeiro, visando reduzir os riscos de segurança nacional relacionados à presença de chips chineses baratos na cadeia de suprimentos dos EUA.
Ela destacou a preocupação com práticas da China para expandir a produção de chips legados, prejudicando a competição entre empresas dos EUA. O foco da guerra comercial agora se estende aos chips "legados" (26 nm, 14 nm), enquanto anteriormente estava centrado em disputas por chips de última geração (7 e 5 nm).
A China, atualmente uma potência na produção desses chips, oferece subsídios significativos às empresas de semicondutores que produzem esses produtos mais antigos. Enquanto muitas fabricantes ocidentais concentram-se em tecnologias mais recentes, os chips legados são essenciais para diversos produtos.
O Departamento de Comércio dos EUA busca estabelecer "condições equitativas" para a produção de chips legados por empresas do país, considerando que o custo para a produção de semicondutores nos EUA pode ser de 30% a 45% mais alto do que em outras partes do mundo.
O objetivo é criar regras e incentivos para aumentar a competitividade dos EUA nesse setor.
A resposta da China, divulgada pela embaixada em Washington, acusou os EUA de abuso do conceito de segurança nacional, alegando discriminação e tratamento injusto contra empresas de outros países, além de politização de questões de tecnologia científica.
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