Estudo do MIT mostra que IA (ainda) é mais cara que humanos em certas áreas

Adriano Camargo
Adriano Camargo

Uma pesquisa recente conduzida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) revela que, em determinados serviços, os humanos ainda representam uma opção mais econômica do que as Inteligências Artificiais (IAs).

O estudo focou em tarefas de visualização computacional, analisando se o emprego de IAs para essas funções resultaria em custos mais baixos em comparação com a alocação de recursos humanos.

Humanos ainda são mais baratos que a IA em certas situações (Imagem: freepik)

A visualização computacional refere-se à capacidade das IAs de reconhecer elementos em imagens, como a identificação de semáforos em captchas do reCaptcha, por exemplo.

Os autores do estudo realizaram cálculos para determinar se treinar IAs para essas tarefas seria mais vantajoso financeiramente do que contar com humanos.

Um exemplo prático citado no estudo envolve uma padaria. Ao invés de empregar um padeiro para avaliar a qualidade dos ingredientes, uma IA treinada poderia identificar características de ingredientes estragados.

Contudo, devido à rapidez dessa tarefa específica, os custos associados ao treinamento e manutenção de tal sistema seriam altos e não valeriam a pena.

O estudo ainda destaca que, com os custos atuais, aproximadamente 23% dos serviços relacionados à visão e análise poderiam ser substituídos por IAs de visualização computacional.

Treinamentos ainda tem custos altos (Imagem: freepik)

No entanto, é importante notar que a pesquisa se limitou a essa área específica devido à maturidade da tecnologia e à estrutura de precificação mais clara. Em outras áreas, especialmente aquelas que envolvem habilidades sociais e de gestão, os humanos ainda se mostram a opção mais econômica.

Os autores também salientam que a substituição gradual da mão de obra humana por IAs será um processo longo e evolutivo. A pesquisa sugere que a velocidade dessa transição será mais lenta no campo da visualização computacional do que a rotatividade de empregados observada atualmente.

Essa abordagem mais gradual permite que os governos implementem políticas para mitigar o impacto do desemprego resultante dessa transformação tecnológica.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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