A Epic Games entrou com uma nova ação judicial contra o Google, desta vez incluindo também a Samsung. O processo acusa as empresas de conspirarem para prejudicar lojas de aplicativos de terceiros em dispositivos Android.
No processo aberto esta semana, a Epic alega que o recurso Auto Blocker da Samsung dificulta a instalação de aplicativos de lojas fora da Google Play e Samsung Galaxy Store.
A Samsung descreve o Auto Blocker como um recurso de segurança que impede a instalação de aplicativos de fontes não autorizadas e bloqueia atividades maliciosas em dispositivos móveis. Desde julho, a funcionalidade passou a ser ativada por padrão, em vez de opcional, como era anteriormente.
Segundo a Epic, essa medida prejudica o lançamento de sua própria loja, a Epic Games Store para Android, pois os usuários precisam seguir um "oneroso processo de 21 etapas" para baixar aplicativos fora das lojas oficiais, conforme relatou a Forbes.
No entanto, essa descrição parece exagerada. De acordo com o site The Verge, o próprio site da Epic informa que a desativação do Auto Blocker exige apenas quatro passos.
A Epic Games também alegou que a ativação do Auto Blocker foi uma "ação coordenada" entre Samsung e Google.
Em entrevista, o CEO da Epic, Tim Sweeney, afirmou que o recurso "não foi projetado para proteger contra malware", mas sim para "evitar a competição". Ele admitiu, no entanto, que ainda não possui provas de que as duas empresas tenham conspirado para prejudicar concorrentes.
A Samsung respondeu, dizendo que contestará as alegações "infundadas" e que o Auto Blocker foi desenvolvido para garantir a segurança e privacidade dos usuários, podendo ser desativado a qualquer momento. O Google ainda não se manifestou.
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