Na última quarta-feira (18), as gravadoras Universal Music, ABKCO e Concord Publishing abriram um processo contra a empresa deinteligência artificial Anthropic por violação de direitos autorais de uma quantidade massiva de músicas.
O processo, aberto em um tribunal federal do Tennessee, nos Estados Unidos, acusa a Anthropic de usar indevidamente letras de músicas protegidas por direitos autorais para treinar o chatbot Claude.
Entenda o processo sobre a Anthropic
Conforme noticiou a Reuters, pelo menos 500 músicas teriam tido seus direitos violados ao serem usadas pela Anthropic. À frente do processo, o advogado das empresas de música, Matt Oppenheim, optou por não dar grandes detalhes do litígio, mas afirmou:
"[O processo] é bem fundamentado pela lei de direito autoral que proíbe entidades de reproduzir, distribuir e exibir obras protegidas por direitos autorais de terceiros para construir seu próprio negócio, a menos que obtenham permissão dos detentores de direitos."
As gravadoras ainda acusam o Claude da prática ilegal de reproduzir as letras a partir de uma solicitação de um usuário. O chatbot usaria as músicas até mesmo em resposta a "uma série de solicitações que não buscam as letras dos editores".
Entre os exemplos citados pelas gravadoras no processo estão "pedidos para escrever uma música sobre um determinado tópico, fornecer progressões de acordes para um determinado composição musical, ou escrever poesia ou contos de ficção no estilo de um determinado artista ou compositor."
Todos esses prompts já teriam tido como respostas partes das letras de músicas como God Only Knows, dos Beach Boys; Gimme Shelter, dos Rolling Stones; Uptown Funk, de Mark Ronson e Bruno Mars; e Halo, da Beyonce.
As gravadoras estão pedindo ao tribunal uma indenização em dinheiro por parte da Anthropic e uma ordem para interromper a suposta infração. Os representantes da empresa de IA ainda não se manifestaram sobre o processo à imprensa.
Para a realização do seu trabalho com IA, a Anthropic recebeu apoio financeiro do Google, da Amazon e do ex-bilionário de criptomoedas Sam Bankman-Fried. Esta é a primeira ação contra a empresa relacionada a violação de direitos autorais.
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