Em uma teleconferência realizada na última quinta-feira (05), segundo informações do site Bloomberg, a rede social X, antigo Twitter, revelou que planeja dividir seus planos pagos nas categorias Basic, Standard e Plus.
Ainda não ficou claro se o acesso gratuito à plataforma vai continuar, mas informações encontradas no código do aplicativo do X indicam detalhes sobre os planos e aumentam as expectativas de que a rede passe a ser totalmente paga.
As diferenças entre os planos Basic, Standard e Plus
Um usuário do X publicou em sua conta uma captura de tela do código do aplicativo da rede social, na qual é possível já ver a principal diferença entre os três planos pagos.
Essencialmente, o plano Basic seguirá com todos os anúncios (como já é hoje na versão gratuita). O Standard cortará os anúncios pela metade. E o Premium Plus, por sua vez, não terá publicações de anunciantes.
Embora não exista informações sobre o uso gratuito do X, o fato de o plano Basic não ter alteração em relação ao que já temos hoje no X sem pagar acaba sugerindo que a plataforma eventualmente se torne acessível apenas por pagamento.
Outra possibilidade é que o uso gratuito siga existindo, mas tenha ainda mais limitações. Os códigos encontrados pelo usuário destacam apenas a informação sobre anúncios, mas é bem possível que cada plano também se diferencie por outros recursos.
O plano Premium atual (antigo Twitter Blue) - que custa R$ 42/mês no Brasil ou R$ 440/ano - oferece recursos como mensagens com mais caracteres, selo azul de certificação, edição de post, metade dos anúncios, formatação de texto, navegação customizada e mais.
Então talvez, o uso gratuito se mantenha sem nada disso, e o plano Premium se divida entre as novas três categorias oferecendo menos ou mais desses recursos.
Alternativa para criar receita após queda de anunciantes
Em setembro, Elon Musk citou o plano de tornar o X uma rede social paga, afirmando que seria a única forma de combater os bots, contas falsas e desinformação. Contudo, as novas assinaturas também parecem ser uma saída para a queda de receita com anunciantes.
Desde que Musk assumiu o X, o número de anunciantes vem caindo continuamente, movimento que parece estar ligado às decisões divisivas do empresário, como despedimentos em grande escala e outras mudanças estruturais na plataforma.
De acordo com dados da empresa de análise de anúncios Guideline, a redução média anual de anunciantes no X supera os 50%.
No início de outubro, o Financial Times publicou a informação de que Linda Yaccarino, nova CEO do X desde junho, estava se reunindo com banqueiros para assegurá-los de que o X começaria a dar retorno.
Na ocasião um dos banqueiros, em entrevista ao Financial Times, disse acreditar que a saída de Elon Musk da rede seria o melhor caminho. “Ela tem de tirá-lo de lá. Eles precisam de receitas publicitárias para se reerguer", afirmou.
Além disso, no final de setembro, a União Europeia divulgou um relatório que apontou o X como a rede social com a maior taxa de desinformação e notícias falsas.
Ao contrário do que outras plataformas estão fazendo par se adequar às exigências da UE, Musk não buscou ainda ações para cumprir as regras da Lei dos Serviços Digitais (DSA) da UE, que visa combater a desinformação, a propaganda russa, o extremismo e o discurso de ódio.
A situação acabou motivando a saída de vários cientistas do X, e parece ser o que vem acontecendo também aos anunciantes.
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