Do cibercrime à redenção: conheça um dos maiores hackers do Brasil e sua luta contra a pedofilia

Adriano Camargo
Adriano Camargo

O cibercrime é algo muito comum nos dias de hoje. Acompanhamos diversas invasões, vazamento de dados e mais. Essas atividades criminosas costumam ter como principal alvo empresas, redes ou mesmo pessoas comuns, com simples dispositivos conectados à internet. A grande maioria dos crimes cibernéticos é cometida por cibercriminosos ou hackers que querem ganhar dinheiro.

Esses crimes podem ser realizados por pessoas ou organizações. Alguns cibercriminosos são organizados, fazem parte de grupos, usam técnicas avançadas e são altamente capacitados em termos técnicos.

Porém, também existem os chamados "hackers do bem", aqueles que descobrem brechas em sistemas de grandes corporações e as ajudam a corrigi-las, assim como lutam para retirar do ar páginas, perfis e usuários que disseminam conteúdos criminosos na internet, como perfis de pedófilos em redes sociais.

E um dos maiores (se não o maior, na minha opinião) deles é conhecido pelo pseudônimo de Ghost. Ele, que fez parte do famoso grupo Anonymous, nem sempre esteve do "lado bom da força", sua adolescência foi obscura e ele se fez presente do "outro lado" por algum tempo. Contudo, hoje tem perfis nas redes sociais (e uma vasta lista de seguidores que admiram seu trabalho) e costuma dar dicas de segurança e divulgar algumas ações feitas contra criminosos.

Anonymous imagem mascara
Imagens conhecidas usadas pelo grupo Anonymous (Imagem: Divulgação)

Por exemplo, em uma operação de enorme repercussão anos atrás, o hacker desmantelou uma rede de perfis pedófilos que comercializavam pornografia infantil dentro do Instagram e, com ajuda de outras pessoas, fez a Meta criar políticas mais rigorosas quanto ao tema - algo inédito até então.

Nessa entrevista exclusiva, ele contou ao TechShake um pouco da sua trajetória, as razões para sua atuação e todos os desafios que enfrentou. Acompanhe!

Adriano: Vamos começar com o básico: Por que "Ghost"?

Ghost: Eu nem sempre fui conhecido como Ghost, em outras épocas tive diferentes alcunhas. Meu antigo grupo me batizou com outro nome, e é assim que me conhecem até hoje, mas adotei a identidade de "Ghost" anos mais tarde, quando já estava no hacktivismo. O nome é inspirado em uma skin específica que eu tinha e uma referência a uma pessoa que eu respeito.

Adriano: E como você começou?

Ghost: Acredito que cada ser humano tem uma missão única a cumprir. Todos nós viemos ao mundo com um propósito. Desde criança, sempre tive facilidade com informática e eletrônicos, além de uma habilidade natural para aprender muito rápido. Comecei a ler mais cedo do que a maioria das crianças, e foi justamente através de um livro que descobri esse universo. Minha história é longa e renderia mais páginas, aguardem minha autobiografia.

Adriano: Mas como você iniciou no mundo do hacking?

Ghost: Eu participava de alguns fóruns gringos onde compartilhava conhecimentos, descobertas e atualizações sobre um RAT (Remote Access Trojan) que eu havia desenvolvido. Foi nesse fórum que estabeleci várias conexões, sendo uma delas responsável por me apresentar a um grupo específico de um determinado país.

Hacker trabalhando cibercrime

Apesar da influência da pessoa que me convidou eu não fui aceito logo de cara, na época eu fui testado e tive que provar meu valor e minha lealdade. Naquela época, existiam fóruns brasileiros em plena atividade, como o CaveiraTech, o FW e o Underc0de, que, apesar de não ser em português, contava com uma presença significativa de brasileiros.

"Não interagi com ele no início, mas era um jovem talentoso. Ele tinha um programa que ele mesmo criou e muitas pessoas usavam. O programa tinha bugs, mas ele fez isso quando criança, o que foi incrível. Com o tempo, comecei a conhecê-lo melhor e ele conquistou nossa confiança e respeito. Minha filha agora o chama de tio; ele se tornou um irmão para todos nós."


Neizvestnyy, um dos ex-membros do primeiro grupo de Ghost.

Adriano: O que você pode dizer sobre os hackers brasileiros? E qual a diferença dos que se formam e os autodidatas?

Ghost: Tenho o máximo respeito pela velha guarda brasileira, esses eram geniais. Atualmente, tive a oportunidade de conhecer alguns jovens, também muito talentosos. O hacking brasileiro é muito forte e respeitado, está entre os cinco melhores do mundo.

E quem geralmente se forma tem toda uma educação, mentores, oportunidades de trabalho, aprendem as regras, isso é importante. Já os autodidatas em hacking geralmente vão por outros caminhos e só depois de algumas questões, talvez anos (isso quando mudam), usam seu conhecimento pra algo legal. São mundos opostos, e a lista é extensa, já conheci vários casos assim. O Mitnick (Kevin Mitnick foi um dos pioneiros entre os hackers norte-americanos) e até o próprio Bassam (Mustafa Al-Bassam foi membro do grupo hacker LulzSec), são exemplos famosos disso. Cerca de 95% dos hackers que você acompanha em noticiários que fizeram alguma coisa ilegal, nunca pisaram em uma faculdade. A formação faz diferença por inúmeras razões.

Adriano: Conte um pouco sobre a sua luta contra a pedofilia. Ela tem sido intensa no Brasil?

Ghost: O Brasil é um dos países que mais registrou URLs relacionadas ao tema no ano passado. É muito importante adotar novas formas de combate e conscientização porque os outros países não tem tomado nenhuma medida eficiente em relação ao tema. A Alemanha, por exemplo, descriminalizou a posse de pornografia infantil.

Adriano: Isso é muito sério. E o que motivou você a começar a combater redes de pedofilia?

Ghost: O combate começou quando minha conta no Instagram (@ghostchev) começou a receber diversas denúncias de perfis que compartilhavam fotos e vídeos de crianças sendo sexualizadas, provavelmente sem o conhecimento dos pais. Inicialmente, derrubei duas contas, uma delas com quase 100 mil seguidores, após o Instagram não tomar providências mesmo com inúmeras denúncias. Isso me levou a investigar mais profundamente e descobrir uma rede ainda maior de conteúdos ilegais.

Atualmente, muitos pais disponibilizam inadvertidamente as fotos de seus filhos em redes sociais, sem nenhuma precaução, facilitando que essas imagens sejam capturadas e comercializadas em fóruns do submundo e sendo usadas de forma maliciosa. Sinceramente crianças não deveriam ter acesso a redes sociais.

Adriano: Mas como tudo isso começou? Digo, o combate a esse tipo de conteúdo.

Ghost: Frequentávamos diversos fóruns/chans no submundo da Internet, os quais, não possuíam qualquer relação com o tema em questão. Entretanto, na época um usuário específico começou a publicar conteúdos oferecendo vídeos "quentes". Outros membros do fórum estranharam tal conduta, uma vez que aquele espaço não era destinado a nenhum tipo de comércio. Decidimos, então, investigar a fundo esse usuário e os links que ele compartilhava, e nos deparamos com cenas doentias. Eu vou até evitar falar sobre tudo que vimos, por respeito aos leitores, mas envolviam até bebês.

Sempre tivemos consciência de que o submundo era sujo, mas a existência de um comércio aberto deste tipo, semelhante a um supermercado onde se pode escolher livremente, nos deixou até descrentes com a humanidade. Naquela época, eu ainda não estava engajado em causas sociais, pois atuava como "blackhat" (termo usado para descrever um hacker que utiliza suas habilidades de forma maliciosa ou ilegal, geralmente motivada por ganhos financeiros, espionagem ou outras intenções nocivas). No entanto, após a operação dos Anonymous contra o Freedom Hosting, foi despertado em mim o desejo de contribuir para essa causa, mesmo que de maneira indireta.

Adriano: E a IA? Tem ajudado ou pode ser um problema no futuro?

Ghost: Como em todas as esferas da vida, há um lado benéfico e um lado prejudicial. A "pedoIA" já é uma realidade. Existem pessoas que usam a Inteligência artificial para criar deep fakes, com fotos e vídeos de crianças em situações sexuais. Por isso eu reforço o alerta pros pais que expõem seus filhos sem nenhum tipo de cautela e cuidado. A maioria dos famosos no exterior tem muita cautela quando se trata de seus filhos, dificilmente expõe fotos e, quando aparecem, tem o cuidado de desfocar o rosto deles. No Brasil não tem isso, aqui os famosos postam fotos de seus filhos todos os dias como se fosse uma galeria pública. Esses dias mesmo conversei
com um jogador que estava fazendo isso sem ter noção dos riscos. Expliquei o quão doentia é algumas camadas da Internet. Ele ficou horrorizado e removeu todas as fotos de sua filha das suas redes.

Criança sorrindo por IA
Imagem de uma criança sorrindo gerada por IA (Imagem: freepik)

Adriano: A polícia brasileira é eficaz no combate a exploração infantil na internet?

Ghost: A polícia brasileira é muito respeitada. Antes dependiam exclusivamente de ferramentas desenvolvidas por outros países, hoje em dia eles criam e tem seu próprio arsenal. Eles são, por exemplo, os criadores de uma ferramenta privada contra pedofilia que é desejada por vários países.

Adriano: Atualmente qual é a sua relação com o hacking? Ainda está envolvido?

Ghost: Embora eu tenha me afastado do hacking e seguido novos caminhos, como o estudo de Direito e Relações Internacionais, a verdade é que isso nunca sairá de mim, está na minha história. Eu construí algo solido por onde passei, tanto que mesmo após me afastar muitos optaram por continuar comigo independente de onde eu estivesse ou do que eu fosse fazer.

Atualmente eu sou um ex-hacker, estou aposentado e afastado há anos dos ambientes em que estive anteriormente. Estou focado em projetos mais pessoais e profissionais que não envolvem diretamente o hacking.

Adriano: Eu vi que você é seguido e teve interações nas suas redes com alguns ex-mafiosos e ex-criminosos estrangeiros. Pode comentar sobre isso?

Ghost: O hacking me proporcionou a oportunidade de conhecer diversas pessoas ao longo da minha vida. Muitas delas, assim como eu, cometeram erros significativos no passado, mas atualmente buscam novas direções, e eu prefiro não comentar sobre a vida dessas pessoas. No entanto, um deles é meu padrinho, me ajudou muito com conselhos.

Adriano: Você ainda se considera parte do Anonymous?

Ghost: Não mais. Hoje sou um membro desligado. Acredito que as células sérias possuem líderes e uma estrutura organizada, o que vai contra a crença comum de que o Anonymous é completamente descentralizado e sem comando.

Adriano: Há alguma célula do Anonymous operando no Brasil atualmente?

Ghost: Existem, no máximo, duas ou três células sérias em operação. De resto são meramente figurantes, que utilizam a máscara para realizar transmissões ao vivo no TikTok, disseminando desinformação e promovendo operações falsas.

Adriano: Além da questão da pedofilia, com o que mais você já lidou na internet?

Ghost: Já lidei com coisas muito densas na Internet, mas lidar com ciberterroristas foi o mais sombrio. Enfrentá-los exigia além muito além de conhecimento, era necessário frieza para estar sempre um passo à frente deles. Na época, algumas pessoas envolvidas na Cyber War sofreram ameaças reais a sua integridade e até de suas famílias. Eles eram extremamente perigosos e altamente sofisticados.

ciberterroristas trabalhando na internet
Ciberterroristas são perigosos (Imagem: freepik)

Adriano: Como os sites ilegais são retirados do ar? Ataques DDoS são realmente eficazes?

Ghost: Derrubar um site temporariamente é uma tarefa relativamente simples, frequentemente alcançada por meio de ataques DDoS. No entanto, garantir que um site permaneça fora do ar de forma definitiva exige métodos bem mais sofisticados, um entendimento mais profundo e técnicas mais complexas como o DMH, que já foi usado em diversas operações contra sites ilegais no mundo, inclusive pela própria polícia. É uma técnica que envolve a manipulação dos registros DNS ou a transferência do domínio para outro registrador desativando o site e dificultando sua recuperação.

As autoridades geralmente fazem uso do chamado "Network Disruption" (ND), que envolve a interrupção do tráfego de dados para um site ou a remoção de sua presença na internet por meio de ações com provedores de serviços de internet (ISPs) e operadores de backbone. Um exemplo claro de (ND) foi quando o WhatsApp foi banido no Brasil. Um caso mais recente é o do X (ex-Twitter).

Adriano: Houve alguma operação recente para remoção de algum site?

Ghost: Em 2020 estive em uma operação que desativou alguns sites de domínio .nl da Holanda que comercializam conteúdos de exploração infantil abertamente na internet. E em 2023, juntamente com uma célula do Anonymous, desativamos um outro site.

Adriano: Além do hacking, o que mais o Ghost fez?

Ghost: Eu treinei diversas pessoas no passado, já fiz muita gente "desaparecer" - não no sentido literal de levá-las a outro mundo, mas sim de torná-las fantasmas aos olhos daqueles de quem desejavam se ocultar. Também prestava consultorias privadas individuais e empresariais, era contratado por indivíduos que necessitavam de assessoria em temas como privacidade, anonimato, roubo e proteção de criptoativos, disappearance, RTBF (right to be forgotten, ou o direito de ter suas informações privadas removidas da internet) e investigações no mundo virtual.

O hacking me proporcionou a oportunidade de cruzar o caminho de muita gente, de várias áreas e mundos. Meus seguidores frequentemente me perguntam por que conheço determinadas figuras públicas estrangeiras, bem como a razão de elas me seguirem e me mencionarem em publicações.

Adriano: E como funciona o seu trabalho para empresas?

Ghost: Eu e alguns amigos mantínhamos um grupo que prestava consultorias privadas em programas fechados de determinadas corporações. Não estou autorizado a divulgar detalhes específicos devido à existência de um Acordo de Confidencialidade (NDA) firmado entre as empresas e os contratados. Todavia, hoje em dia meu foco tem sido para outra área da minha vida, terminei uma faculdade de direito e estou cursando relações internacionais.

Hacker do bem ajudando empresas
Hackers podem ajudar empresas (Imagem: freepik)

Adriano: Teve um caso notório de um clube europeu que você ajudou. Pode nos contar mais sobre?

Ghost: A questão do time de futebol é bem mais complexa do que a mídia expôs. A ideia foi minimizar o máximo possível o que tinha ocorrido.

Inicialmente, foi enviado um (POC) acompanhado de um relatório detalhado sobre uma vulnerabilidade. No entanto, o clube não respondeu à comunicação, o que nos levou a contatá-los por vários formas. Se eles tivessem lido e reparado de prontidão, nada teria saído dali. Isso é um tanto comum nesse mundo, muitos que relataram falhas já passaram por situações semelhantes, em querer apresentar algo à empresa e ser ignorado, ou até mesmo ameaçado. Isso já aconteceu comigo em outras vezes.

Neste caso específico, precisei recorrer a uma prática antiética para demonstrar o que eu conseguia fazer com o bug. Mas foi tudo acertado no sigilo com o clube, pouca coisa foi divulgada. Mas eu sou muito grato a eles por tudo que fizeram por mim e temos uma relação de muito respeito, além da camisa que está enquadrada.

Adriano: Quais foram suas motivações para ter saído do cibercrime?

Ghost: Tive duas motivações principais que me impulsionaram a mudar de rumo. A primeira foi de natureza pessoal e a segunda foi a influência de Kevin Mitnick, um mentor e pra mim, o maior hacker de todos os tempos. Tive a oportunidade de conversar com ele em um dos períodos mais sombrios da minha vida. Ele me ofereceu conselhos que, de alguma forma, transformaram minha forma de pensar e que mostraram que havia luz no fim do túnel. Ele foi uma figura importante não apenas para mim, mas também para outras pessoas ao meu redor. Talvez eu nem estivesse aqui, concedendo esta entrevista, se não fosse por ele.

Kevin Mitnick palestra 2
Kevin Mitnick (1964-2023) (Imagem: Getty Images)

Kevin foi um grande homem, mentor e hacker. Gostaria de aproveitar este espaço para expressar minha profunda gratidão a ele pelo que fez por nós, e também à sua esposa, Kim, que nos deu permissão para falar sobre ele aqui. Obrigado, maior da história!

Adriano: Você comentou que estudou Direito. Algum motivo em especial?

Ghost: Obtive meu diploma em Direito com o intuito de proteger aqueles ao meu redor e, de alguma forma, garantir minha própria segurança. Atualmente, uso esse conhecimento para outros propósitos. Hoje, atuo como consultor privado, com foco principal em pessoas.

Adriano: Como assim "proteger a si mesmo e a aqueles ao seu redor"?

Ghost: No passado algumas pessoas importantes para mim tiveram problemas em outros países. Obter um diploma em Direito foi uma forma de entender a legislação e não depender de terceiros para minha defesa e para ajudar essas pessoas. Embora eu nunca tenha cometido atos contra meu país, na época temia ser alvo de perseguições estrangeiras. No entanto, isso não ocorreu, e atualmente, esse conhecimento tem um propósito diferente e maior.

Adriano: Você possui algum curso? Tem a intenção de escrever um livro?

Ghost: Sim, quem acompanha as minhas redes costuma perguntar sobre isso. Atualmente, a única produção de autoria 100% minha é um curso que lancei recentemente. Sobre o livro, é um projeto que também estou desenvolvendo.

Adriano: Você acredita que a próxima guerra mundial possa ser cibernética?

Ghost: Já testemunhei de forma direta como os ataques cibernéticos estão se consolidando como uma ferramenta significativa para desestabilizar nações e alcançar objetivos estratégicos sem recorrer a conflitos armados tradicionais. Sem entrar em detalhes específicos, alguns países já utilizam do "sharp power" para enfraquecer seus adversários. Eles interferem em eleições, espalham desinformação e roubam segredos comerciais.

Cyber War
(Imagem: freepik)

Logo a força bruta será cada vez menos necessária, pois a guerra cibernética pode ser tão devastadora quanto, ou até mais. O NotPetya (um dos ciberataques mais devastadores da história), por exemplo, nos mostrou como um ataque pode causar bilhões em prejuízos globais, sem um único soldado em terra. Nos próximos anos, essas ações serão cada vez mais comuns, então sim, eu acredito que em breve possa ocorrer uma guerra cibernética em um nivel jamais visto. E o Brasil precisa se preparar adequadamente, porque, quando isso acontecer, só quem estiver preparado conseguirá se defender.

Adriano: Para encerrarmos... pretende aparecer publicamente algum dia?

Ghost: Hoje, muitas pessoas aspiram à fama, desejando aparecer em grandes páginas, revistas e jornais ao redor do mundo. No entanto, tive a oportunidade de conviver com indivíduos de outros países, cuja cultura valoriza uma postura mais séria reservada e até distante de situações sociais e isso de alguma forma se enraizou em mim, e me permitiu sobreviver a determinadas situações.

Muitas pessoas vivem criando teorias a respeito do meu anonimato, mas a verdade é que isso é uma coisa pessoal minha. Hoje em dia minha vida é tranquila e o fato de não ficar me mostrando na internet é simplesmente por não ter a necessidade de ficar aparecendo, ser famoso. Mas já me encontrei com alguns seguidores pessoalmente e como pretendo alcançar um cargo de estado futuramente minhas aparições serão mais recorrentes.

Para ficar por dentro das principais notícias de tecnologia, siga e acompanhe o TechShake no Instagram e Facebook.

FIQUE POR DENTRO!

Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
recomenda: