Pesquisadores da Western Sydney University, na Austrália, estão prestes a lançar o DeepSouth, o primeiro supercomputador do mundo destinado a simular conexões de rede em escala semelhante à do cérebro humano.
Esse avanço promissor abrirá portas para uma nova era na compreensão do funcionamento cerebral.
Operações sinápticas a uma velocidade surpreendente
O DeepSouth, nome carregado de significado, será capaz de realizar 228 trilhões de operações sinápticas por segundo. Esse desempenho exponencial coloca o supercomputador em uma posição única para explorar os mistérios da eficiência energética do cérebro humano, que, utilizando apenas 20 watts de potência, consegue processar o equivalente a um exaflop, ou seja, um bilhão de bilhões de operações matemáticas por segundo.
Perspectivas Futuras: Cérebros Ciborgues?
Os cientistas por trás do projeto vislumbram o potencial de criar um "cérebro ciborgue" ainda mais poderoso do que o humano, caso desvendem os segredos por trás da eficiência cerebral. Além disso, a pesquisa promete revolucionar a compreensão global sobre o funcionamento do cérebro, abrindo caminho para novas aplicações futuras.
André van Schaik, diretor do Centro Internacional de Sistemas Neuromórficos da Western Sydney University, destaca que o avanço na compreensão de como os cérebros computam usando neurônios enfrentava desafios pela dificuldade em simular redes semelhantes em grande escala. O DeepSouth surge como a solução para superar esses obstáculos, prometendo insights valiosos.
Reconhecimento na comunidade científica
Ralph Etienne-Cummings, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, enfatiza que o DeepSouth será um marco fundamental para os estudos em neurociência. Ele destaca que, para quem está em busca de entender o cérebro, o DeepSouth será o hardware essencial para atingir esse objetivo, consolidando seu papel na vanguarda da pesquisa cerebral.
O DeepSouth é um dos muitos projetos de pesquisa que buscam criar máquinas capazes de rivalizar com o cérebro humano. Outros cientistas exploram soluções, como "computadores biológicos," alimentados por células cerebrais reais.
O cenário da pesquisa em supercomputação está em alta por conta do desenvolvimento da IA, com o DeepSouth assumindo a liderança na busca por respostas sobre a complexidade cerebral.
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