Na última sexta-feira (26), diversos usuários da rede social X descobriram que suas publicações e suas interações com o chatbot Grok estão sendo utilizadas sem permissão prévia para o "treinamento e ajuste fino" dos sistemas da xAI.
Enquanto órgãos reguladores de diferentes países, incluindo o Brasil, buscam tirar satisfações com Elon Musk, CEO da rede social e da empresa de Inteligência Artificial, os usuários podem desativar esse aproveitamento dos seus dados feito sem um pedido de autorização explícito.
Como desabilitar o uso de dados pela xAI
Apesar da utilização dos dados sem consentimento prévio, movimento que está sendo investigado, o X permite que os usuários controlem se suas postagens públicas podem ser usadas para treinar o assistente de pesquisa de IA Grok, conforme informou a conta de segurança da rede social.
Para desabilitar a opção e barrar o uso de suas informações pessoais e posts, é necessário acessar o X pela versão desktop. A partir daí basta seguir os passos abaixo:
- Já na sua conta, vá até a página Configurações no X (neste link ou no botão "...Mais" no menu lateral)
- Clique na opção “Privacidade e segurança”
- Na seção "Compartilhamento e personalização de dados", clique em “Grok”
- Desmarque a caixa.
Depois de desativar a configuração, ainda é possível excluir seu histórico de conversas com o Grok.
Órgãos reguladores investigam atitude do X
Conforme noticiado pelo Financial Times, o órgão de proteção de dados da Europa está "buscando clareza" sobre a atitude da rede social X de permitir o uso dos dados sem uma solicitação prévia dos usuários, o que já rende novo escrutínio regulatório na plataforma de mídia social.
Esta não é a primeira vez que o X fica sob investigação na Europa. A Comissão Europeia, inclusive, está atualmente investigando a empresa de Musk por supostas questões de transparência e moderação em violação a sua Lei de Serviços Digitais.
No Brasil, a prática da rede social foi criticada pelo Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), que destacou sua "indignação ao ver mais uma ‘big tech’ explorando consumidores para fins de crescimento de seu poder econômico,” afirmou o órgão, em um comunicado.
“Concretamente, vemos um design malicioso: há uma pré-seleção da opção de que os consumidores aceitariam o uso de seus dados para fins de tratamento de IA. Esse consentimento não deveria ser pressuposto e, sim, explícito”, explicou o órgão de defesa do consumidor.
No fim de junho deste ano, a Meta - proprietária das plataformas Facebook, Instagram e Whatsapp - também foi notificada pelo Idec pelo uso indevido dados de consumidores para fins de treinamento de sua inteligência artificial generativa.
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