Alerta! Como hackers usam redes Wi-Fi públicas para roubar seus dados (e como se proteger)

Taysa Coelho
Taysa Coelho

Usar o Wi-Fi público pode parecer a solução perfeita para não gastar seus dados móveis ou trabalhar remotamente quando está na rua. No entanto, uma rede de internet aberta pode colocar em risco todos os seus dados, incluindo os bancários.

Em geral, essas redes não têm criptografia, tecnologia que protege os dados e permite apenas que emissor e receptor tenham acesso a eles. O que isso significa? Que qualquer um conectado à rede, com conhecimento técnico necessário e más intenções, pode interceptar e visualizar as informações trocadas através dela.

Mulher olha preocupada para computador, sentada em sofá vermelho

Se assustou? Pois se prepare, porque há mais! Listamos abaixo todos os potenciais riscos de usar redes de Wi-Fi públicas e explicamos as melhores formas de se proteger de possíveis ataques de criminosos virtuais.

Possíveis riscos

Ao usar o Wi-Fi com sinal aberto, o usuário pode estar expondo os seus dados a possíveis ataques de hackers, que têm, como principal interesse, dados de bancos e cartões de crédito, bem como de acesso a serviços, como e-mail.

Eles também conseguem acessar informações privadas e usá-las para chantagear o proprietário. Dentre as principais formas de ataque estão:

Man-in-the-Middle (MitM)

Esse tipo de ataque acontece quando cibercriminosos interceptam comunicações entre um usuário e a rede, se posicionando entre o dispositivo e o site acessado. Para isso, comprometem o roteador de Wi-Fi e capturam dados que transitam em texto não criptografado, como credenciais de login e informações bancárias.

Rede falsa

Em um golpe conhecido como Evil Twin Networks (ou Redes do Gêmeo Mau), os golpistas criam uma rede de Wi-Fi aberta com um nome que se passa facilmente pelo de algum estabelecimento. São nomes que remetem ao hotel, café ou aeroporto onde o usuário está e o fazem crer que está acessando a rede local.

Ao cometer esse simples erro, permite que os hackers tenham acesso a toda a informação trocada com os sites e apps durante o uso da rede, incluindo dados de login e senhas.

Packet Sniffing

Nesse caso, os hackers não acessam diretamente o seu dispositivo, mas se aproveitam da vulnerabilidade do Wi-Fi público. Os criminosos usam programas maliciosos para interceptar dados dos usuários da rede. Eles vasculham as informações até encontrarem algo que interesse, como dados bancários, senhas de acesso ou qualquer outra informação privilegiada.

Links falsos e arquivos maliciosos

Os cibercriminosos podem assumir o controle de redes Wi-Fi desprotegidas para induzir seus usuários a clicarem em links falsos ou baixarem arquivos maliciosos. É o suficiente para instalarem no dispositivo um malware capaz de criptografar seus artigos.

Nessa prática, chamada de ransomware, os hackers “sequestram” seus arquivos e só os liberam mediante pagamento. Se encontram conteúdos íntimos, por exemplo, costumam usá-los para chantagens e obter grandes quantias.

Como se proteger usando uma rede Wi-Fi pública

Mesa de madeira com computador, celular, fone e café com espuma e desenho do ícone de wi-fi

Especialistas sugerem que as pessoas deem preferência a usar seus dados móveis do que o Wi-Fi público sempre que possível. Mas sabermos que, na vida real, há situações em que precisamos usar as redes disponíveis.

De acordo com empresas de segurança, como a Norton e a Kaspersky, simples medidas podem ajudar a não colocar os seus dados em risco.

  • Evite acessar determinados sites: não acesse serviços em que precise fazer login, dando brecha para que criminosos tenham acesso a seus dados. E, claro, nunca realize transações bancárias enquanto estiver conectado a uma rede pública.
  • Use uma VPN: esse tipo de programa permite criar uma rede virtual privada, que criptografa todos os seus dados, dificultando o acesso por pessoas mal-intencionadas.
    Acesse sites HTTPS: sites que começam com essa sigla são criptografados e, por isso, considerados mais seguros. Apesar de serem cada vez menos usuais, os sites HTTP ainda existem e costumam ser indicados como inseguros por alguns navegadores, como o Chrome.
  • Use autenticação de dois fatores: esse recurso está disponível em vários aplicativos e serviços online. Ele adiciona uma camada extra de proteção aos seus dados e, para fazer login em sua conta, além da senha, é necessário um código enviado ao seu smartphone ou por chamada telefônica.
  • Esqueça a rede ao terminar de usar: isso permite que você não acesse a rede automaticamente de forma acidental e, sem perceber que está conectado a ela, acesse serviços que poderiam expor seus dados.

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Taysa Coelho
Taysa Coelho
Movida pela curiosidade, adora conhecer coisas novas e acredita que, por isso, se tornou jornalista. No tempo livre, gosta de ir à praia, ler, ver filmes e maratonar séries. Carioca formada pela UFRJ, atualmente vive em Portugal, país que adotou.
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