Em um feito inédito, cientistas brasileiros alcançaram o rejuvenescimento de neurônios humanos por meio de um novo medicamento.
A molécula desenvolvida pela Aptah Bio utilizou terapias de RNA para reverter o envelhecimento de células do sistema nervoso central. Os testes, conduzidos no Canadá, foram realizados em neurônios de pacientes idosos saudáveis e em pacientes com Alzheimer, e o medicamento demonstrou a capacidade de recuperar funções neurológicas comprometidas pela idade ou doença.
À medida que envelhecemos, ocorrem rupturas nas fitas do DNA, criando cicatrizes no código genético. Isso resulta em um desequilíbrio entre os mRNAs longos e curtos, levando à produção inadequada de proteínas e contribuindo para doenças como câncer e Alzheimer.
A empresa desenvolveu um composto capaz de restaurar o equilíbrio do tamanho dos mRNAs em todas as proteínas, um avanço inédito na ciência.
O medicamento foi testado em mais de 3 mil neurônios de pacientes saudáveis e com Alzheimer, ambos com cerca de 75 anos. Os resultados mostraram não apenas o rejuvenescimento de células saudáveis de idosos, mas também a recuperação de células doentes, restaurando a capacidade neuronal e tornando-as saudáveis novamente.
Além disso, análises eletrofisiológicas demonstraram um aumento de 40% nas sinapses dos neurônios doentes, indicando uma recuperação significativa.
A expectativa é que, além do Alzheimer, o medicamento seja indicado para tratar demência frontotemporal, ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) e outras condições. Essa abordagem visa contribuir para uma longevidade saudável em um mundo onde a população idosa está crescendo rapidamente.
E este avanço não apenas representa uma conquista significativa na pesquisa médica brasileira, mas também tem implicações globais, considerando o impacto financeiro das doenças relacionadas ao envelhecimento.
O custo da demência, por exemplo, foi estimado em US$ 1,3 trilhão em 2019, podendo atingir US$ 2,8 trilhões até 2030, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
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