Cientistas brasileiros conseguem rejuvenescer neurônios humanos

Adriano Camargo
Adriano Camargo

Em um feito inédito, cientistas brasileiros alcançaram o rejuvenescimento de neurônios humanos por meio de um novo medicamento.

A molécula desenvolvida pela Aptah Bio utilizou terapias de RNA para reverter o envelhecimento de células do sistema nervoso central. Os testes, conduzidos no Canadá, foram realizados em neurônios de pacientes idosos saudáveis e em pacientes com Alzheimer, e o medicamento demonstrou a capacidade de recuperar funções neurológicas comprometidas pela idade ou doença.

À medida que envelhecemos, ocorrem rupturas nas fitas do DNA, criando cicatrizes no código genético. Isso resulta em um desequilíbrio entre os mRNAs longos e curtos, levando à produção inadequada de proteínas e contribuindo para doenças como câncer e Alzheimer.

Cérebro tratamento moléculas alzheimer
Tratamento inovador tem bons resultados (Imagem: Pixabay)

A empresa desenvolveu um composto capaz de restaurar o equilíbrio do tamanho dos mRNAs em todas as proteínas, um avanço inédito na ciência.

O medicamento foi testado em mais de 3 mil neurônios de pacientes saudáveis e com Alzheimer, ambos com cerca de 75 anos. Os resultados mostraram não apenas o rejuvenescimento de células saudáveis de idosos, mas também a recuperação de células doentes, restaurando a capacidade neuronal e tornando-as saudáveis novamente.

Além disso, análises eletrofisiológicas demonstraram um aumento de 40% nas sinapses dos neurônios doentes, indicando uma recuperação significativa.

A expectativa é que, além do Alzheimer, o medicamento seja indicado para tratar demência frontotemporal, ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) e outras condições. Essa abordagem visa contribuir para uma longevidade saudável em um mundo onde a população idosa está crescendo rapidamente.

E este avanço não apenas representa uma conquista significativa na pesquisa médica brasileira, mas também tem implicações globais, considerando o impacto financeiro das doenças relacionadas ao envelhecimento.

O custo da demência, por exemplo, foi estimado em US$ 1,3 trilhão em 2019, podendo atingir US$ 2,8 trilhões até 2030, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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