A DeepSeek, startup chinesa de IA, desenvolveu um modelo de linguagem que compete diretamente com líderes do setor, como o ChatGPT da OpenAI, e seu diferencial está na eficiência de custos: enquanto empresas americanas investem bilhões de dólares em desenvolvimento, a empresa chinesa afirma ter gasto apenas US$ 6 milhões para criar seu modelo.
O modelo R1 da DeepSeek foi inicialmente treinado utilizando GPUs NVIDIA H800. No entanto, para a fase de inferência — processo de geração de respostas pelo modelo treinado — a empresa adotou os chips Ascend 910C da Huawei. Essa escolha destaca os avanços da China em IA, mesmo diante das restrições de exportação impostas pelos Estados Unidos.
Essa informação foi revelada por Alexander Doria na rede social X:
A eficiência da DeepSeek não se limita ao custo de desenvolvimento. A empresa conseguiu otimizar o uso de hardware menos potente, reduzindo significativamente o consumo de energia. Essa abordagem levanta questões sobre a necessidade de investimentos massivos em data centers por parte de empresas como Meta e Microsoft, que dependem de grandes quantidades de água e eletricidade, muitas vezes proveniente de combustíveis fósseis.
O sucesso do empresa provocou reações no mercado financeiro. As ações da Nvidia, líder mundial em componentes e programas para IA, registraram uma queda de 17%, resultando em uma perda de quase US$ 600 bilhões em valor de mercado. Analistas atribuem essa movimentação ao questionamento sobre os altos gastos das empresas americanas em comparação com a abordagem mais econômica da DeepSeek.
Especialistas apontam que as sanções comerciais dos EUA podem ter impulsionado a inovação na China, forçando empresas como a DeepSeek a buscar soluções mais eficientes. Essa situação é comparada às restrições tecnológicas da era soviética, onde limitações externas estimularam avanços internos.
A ascensão da companhia chinesa sugere uma possível mudança no futuro da IA, abrindo espaço para que empresas menores e menos intensivas em recursos possam competir em um campo antes dominado por gigantes tecnológicos.
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