Pesquisadores chineses da Universidade de Tsinghua anunciaram a criação do "Agent Hospital", o primeiro hospital do mundo gerido por IA. Semelhante ao projeto viral da cidade de IA de Stanford no ano passado, o Agent Hospital está transformando a abordagem da saúde ao utilizar "agentes inteligentes" impulsionados por modelos de linguagem avançados.
Os médicos, enfermeiros e pacientes no ambiente virtual do hospital são todos controlados por agentes capazes de interagir de forma autônoma. A inovação permite que os médicos de IA tratem até 10 mil pacientes em poucos dias, uma tarefa que levaria pelo menos dois anos para médicos humanos.
O hospital de IA não só acelera o tratamento, mas também mostra uma taxa de precisão impressionante de 93,06% no conjunto de dados MedQA, simulando todo o processo de atendimento ao paciente, desde o diagnóstico até o acompanhamento.
Composto por várias salas de consulta e exame, o Agent Hospital conta com 14 médicos agentes e quatro enfermeiros agentes. Esse arranjo busca otimizar as operações de saúde e aprimorar o treinamento de estudantes de medicina, permitindo-lhes propor planos de tratamento em um ambiente seguro e sem riscos.
Liu Yang, líder do projeto, ressaltou ao Global Times o potencial transformador desta inovação para a saúde global.
"O conceito de uma cidade hospitalar de IA, onde pacientes virtuais são tratados por médicos de IA, tem imensa importância tanto para profissionais médicos quanto para o público em geral."
Liu Yang, líder do projeto.
O hospital de IA não apenas visa treinar agentes médicos em um ambiente simulado, permitindo que evoluam e melhorem sua capacidade de tratar doenças, mas também oferece serviços de saúde de alta qualidade, acessíveis e convenientes, utilizando um vasto repositório de conhecimento médico. Além disso, pode simular e prever cenários médicos, como a propagação de doenças infecciosas.
Apesar das perspectivas promissoras, o projeto enfrenta desafios significativos, como a necessidade de aderir estritamente às regulamentações médicas nacionais e garantir uma colaboração eficaz entre IA e humanos. Dr. Dong Jiahong, também da Universidade de Tsinghua, destacou que, embora a IA possa aumentar a precisão e a eficiência dos cuidados de saúde, não pode substituir o cuidado personalizado e a compaixão fornecidos por médicos humanos.
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