ChatGPT: o que é, para que serve e como ele pode te ajudar (e muito!)

Taysa Coelho
Taysa Coelho

O ChatGPT é um serviço de "bate-papo" que utiliza inteligência artificial para gerar textos de forma autônoma. Criado pela OpenAI, foi projetado para interagir e responder a consultas feitas por seres humanos de maneira natural.

Achou confuso? Basta imaginar um robô que conversa com você por mensagem de texto, como se fosse um amigo, respondendo às suas perguntas de forma completa e informativa. Mas, para isso acontecer, de modo fluido e quase humano, há muita tecnologia envolvida.

Como funciona o ChatGPT?

O ChatGPT utiliza uma arquitetura de rede neural chamada Transformer, que funciona como uma espécie de cérebro artificial. Ela é capaz de analisar e processar grandes quantidades de dados e de texto e usa todas essas informações para aprender a responder como as pessoas reais.

Por utilizar um sistema de aprendizado contínuo, quanto mais é usada, mais ela aprende. O principal objetivo é oferecer respostas cada vez mais coerentes e relevantes aos usuários.

Para que serve o ChatGPT?

Mão de robô branca segura mão de mulher com unhas vermelhas

O serviço de chatbot por inteligência artificial da OpenAI pode ser usado para uma grande variedade de coisas. Desde tirar uma simples dúvida até pedir ajuda para planejar uma viagem. Entre os principais recursos estão:

Tirar dúvidas: quer a receita do seu bolo favorito, indicação de produtos ou saber a sinopse de um filme? Pode pedir ao ChatGPT que ele te ajuda.

Criar textos: pode ajudar desde ideias até escrever um texto completo a partir de dados informados pelo usuário. Seja um poema, texto jornalístico, posts em redes sociais, redação da escola, roteiro de filme, letra de música ou um simples e-mail.

Também consegue auxiliar na edição, com sugestões de melhorias, títulos e até mesmo adequação para cada tipo de mídia.

Traduzir idiomas: o ChatGPT é capaz de traduzir textos para diversos idiomas na íntegra, inclusive, de expressões populares em cada um deles. Pode ainda ser um aliado para quem deseja se aperfeiçoar em outra língua, conversando com o chatbot no idioma que quer praticar.

Mais aplicações:

  • Resolver problemas matemáticos;
  • Jogar;
  • Escrever códigos de programação;
  • Desenvolver apps;
  • Montar currículo e carta de motivação;
  • Criar listas de tarefas e atividades;
  • Criar tabelas;
  • Fazer fórmulas do Excel;
  • Montar sumários de textos;
  • Jogar conversa fora.

O ChatGPT é grátis?

A OpenAI oferece uma versão gratuita do ChatGPT bastante completa e cheia de recursos, mas com algumas limitações em relação à edição paga.

O ChatGPT Plus difere do grátis por oferecer acesso antecipado a novidades, assim como a versões mais atuais do modelo de linguagem. Também dá prioridade de uso em momentos de alta demanda e a funcionalidades extras, como a geração de imagens por IA usando o Dall-E.

Como usar o ChatGPT em português

Para usar o ChatGPT basta acessar o site do serviço pelo navegador de sua preferência ou baixar o app para Android e iOS. O chatbot está disponível em vários idiomas, incluindo o português.

Em geral, o ChatGPT usa a geolocalização do usuário para identificar o idioma local e costuma responder automaticamente na mesma língua em que é perguntado.

Porém, em algumas plataformas, pode ser preciso definir o português como o idioma principal nas configurações.

No site

Como mudar o idioma do chatgpt para português pelo site

Acesse o site do ChatGPT (chatgpt.com/), caso não esteja logado, entre em sua conta no serviço. Depois, clique sobre a imagem de perfil, no canto superior direito e, no menu que abrir, vá em Settings General Language Português (Brasil).

No app

No app para Android e iOS, a solução também é simples. Basta abrir o programa e tocar sobre o ícone de duas linhas, no canto superior esquerdo da tela.

No menu que abrir, vá em seu nome de usuário e, em seguida, em Main Language Selecione Português (Brasil).

GPT-4o: o que muda

Fundo de pintura com tetxto sobreposto escrito GPT-4o

Em maio de 2024, a OpenAI anunciou o seu novo modelo de linguagem, o GPT-4o. A novidade está disponível para os planos pagos e gratuito (porém, de forma limitada).

A empresa de tecnologia promete que a inovação é “um passo em direção a uma interação humano-computador muito mais natural”. Dentre as melhorias estão a compreensão e geração de texto, áudio, imagem e vídeo em tempo real, com significativa evolução na assimilação de áudio e imagem, em comparação com os modelos anteriores.

O GPT-4o também oferece melhor desempenho em idiomas não ingleses, sendo mais rápido e 50% mais barato, além de garantir maior segurança para os usuários.

Saiba mais em: ChatGPT evolui e agora pode conversar por voz e interpretar as imagens da câmera

Polêmicas envolvendo IA

Computador com site do ChatGPT em modo escuro

O uso do ChatGPT (e de outras ferramentas baseadas em inteligência artificial) tem gerado sentimentos contraditórios. Se, por um lado, há milhões de entusiastas na expectativa do que a tecnologia ainda pode proporcionar, do outro, há pessoas preocupadas com possíveis riscos e desafios gerados por ela.

Dentre as preocupações, estão a facilidade para criar fake news e imagens falsas bastante realistas, ampliando a desinformação nas redes sociais. Outro possível problema diz respeito aos direitos autorais.

Os modelos de linguagem aprendem a partir de textos escritos por pessoas reais e, inclusive, podem redigir conteúdos com base em estilos de escrita de autores famosos, se solicitado. Além disso, especialistas alertam que textos ditos originais podem ser cópias de fontes retiradas da internet, o que denota plágio.

Há ainda trabalhadores preocupados com o futuro de suas profissões. Designers, roteiristas, jornalistas, escritores, tradutores e até mesmo profissionais da área de tecnologia têm visto suas funções sendo executadas de forma ágil, econômica e eficiente pela inteligência artificial. Será que, em breve, serão substituídos por ela?

A ausência de uma regulamentação sobre o desenvolvimento e uso de ferramentas como o ChatGPT também gera apreensão. Especialistas defendem que sejam criadas, quanto antes, leis para regulamentar o uso desse tipo de serviço a fim de garantir a privacidade e proteção de dados pessoais, bem como evitar discriminações e disseminação de notícias mentirosas.

A natureza de constante transformação da tecnologia e a falta de um consenso global sobre o tema dificultam a criação de leis que ajudem a regular o uso da inteligência artificial no dia a dia das pessoas.

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Taysa Coelho
Taysa Coelho
Movida pela curiosidade, adora conhecer coisas novas e acredita que, por isso, se tornou jornalista. No tempo livre, gosta de ir à praia, ler, ver filmes e maratonar séries. Carioca formada pela UFRJ, atualmente vive em Portugal, país que adotou.
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