Na última semana, Pavel Durov, CEO e fundador do aplicativo de mensagens Telegram, foi preso pelas autoridades francesas no Aeroporto Le Bourget, localizado nos arredores de Paris. A prisão ocorreu na noite de sábado, pouco após sua chegada ao país.
Inicialmente, as autoridades francesas não comentaram sobre o ocorrido, mas a mídia local divulgou que a detenção estava relacionada a supostas infrações ligadas ao Telegram.
Agora, promotores franceses forneceram mais detalhes sobre as acusações. Em uma declaração oficial, a procuradora de Paris, Laure Beccuau, revelou que Durov enfrenta 12 acusações criminais na França. Embora o nome do acusado não tenha sido diretamente mencionado, a terminologia usada sugere que as acusações são direcionadas a quem estiver à frente do Telegram no momento, o que aponta diretamente para Durov.
Acusações envolvendo lavagem de dinheiro, fraude e mais
Entre as acusações que Durov enfrenta, destacam-se a lavagem de dinheiro, fraude e envolvimento em atividades criminosas por meio da plataforma. A promotoria acusa o CEO de cumplicidade no armazenamento e distribuição de conteúdo ilícito (CSAM), facilitação de tráfico de drogas e fraude organizada através do aplicativo.
Além disso, ele é acusado de fornecer serviços de criptografia sem a devida certificação, garantindo confidencialidade a atividades potencialmente criminosas.
Outra acusação importante é a de associação criminosa com o objetivo de cometer crimes que podem resultar em penas de cinco anos ou mais de prisão. Todos os detalhes das acusações estão disponíveis no site do Tribunal de Paris.
Reação do presidente francês
Em meio às especulações sobre a motivação política por trás da prisão, o presidente francês Emmanuel Macron usou a plataforma X para desmentir as alegações de que a detenção de Durov teria motivações políticas. Macron afirmou que a prisão ocorreu no contexto de uma investigação judicial em andamento e que a decisão sobre o caso caberá ao Judiciário francês.
Durov segue sob custódia policial
Durov segue sob custódia policial na França, após um juiz ter decidido pela extensão de sua detenção. Conforme comunicado da promotoria no dia 26, a detenção foi prorrogada no dia 25 de agosto, com possibilidade de durar até 96 horas, ou seja, até hoje, dia 28. Com isso as autoridades francesas decidirão se Durov será formalmente acusado dos crimes mencionados, o que poderá resultar em uma detenção ainda mais prolongada.
A detenção de Durov e as acusações contra ele chamaram a atenção internacional, levantando questões sobre o futuro do Telegram e as implicações legais para sua liderança.
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