CarnavalHeist: malware brasileiro usa notas fiscais falsas para roubar dados

 William Schendes
William Schendes

A Cisco Talos revelou um novo malware bancário denominado “CarnavalHeist”, criado por cibercriminosos brasileiros para infectar computadores e roubar dados pessoais de usuários e instituições financeiras nacionais.

O CarnavalHeist foi identificado em fevereiro de 2024, quando a Cisco detectou atividades suspeitas geralmente associadas a outros malwares brasileiros. Outro indício da nacionalidade da ameaça eram as gírias brasileiras usadas para descrever os nomes de bancos.

Embora o software malicioso tenha sido identificado em fevereiro deste ano e se expandido em março, suspeita-se que sua operação esteja ativa desde novembro de 2023.

CarnavalHeist: malware brasileiro usa notas fiscais falsas para roubar dados
(Imagem de fundo: IA/ Microsoft Designer)

A Cisco Talos explica que a infecção pelo CarnavalHeist começa com um e-mail de tema financeiro que manipula o usuário a clicar em um link malicioso. Um exemplo pode ser conferido na imagem abaixo, onde a comunicação se passa pelo envio de uma nota fiscal.

CarnavalHeist malware brasileiro usa notas fiscais falsas para roubar dados
(Imagem: Cisco Talos)

Alguns links utilizados na campanha de infecção do malware incluem:

Após clicar nesses links, os usuários são direcionados para uma falsa página da web de hospedagem da nota fiscal. Nesta página, os cibercriminosos permitem a visualização da nota, mas para verificá-la é necessário fazer o download de um arquivo “NotaFiscal.pdf”.

Malware brasileiro
(Imagem: Cisco Talos)

A falsa nota fiscal é aberta, porém, paralelamente, é iniciado o processo de instalação de um software que contém o malware.

Em uma postagem no blog, a Cisco menciona que a investigação da equipe conseguiu identificar amostras dos arquivos dessas URLs que apresentam indícios sobre os possíveis autores da operação do CarnavalHeist. Essas evidências incluem o nome completo e o endereço de e-mail da pessoa que registrou o domínio das URLs que hospedavam o arquivo malicioso.

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 William Schendes
William Schendes
Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Escreve sobre tecnologia, games e ciência desde 2022. Tem experiência com hard news, mas também produziu artigos, reportagens, reviews e tutoriais.
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