É cada vez mais comum as pessoas usarem a inteligência artificial para gerar imagens a partir de uma descrição em palavras, certo? Mas e o contrário, será que é possível? Se depender dos criadores da Poetry Camera, sim!
À primeira vista, o dispositivo parece uma daquelas câmeras que imprimem fotos na hora, no estilo Polaroid. Com um visual retrô e apenas um botão, ela surpreende pelo fato de não imprimir uma fotografia, mas sim, por criar um poema com base nas informações visuais que capta.
A poesia é gerada pelo GPT-4 com base nas cores e elementos da imagem tirada pelo utilizador. São impressos, na hora, poemas curtos sobre o local, pessoa, paisagem ou o que mais for registrado.
A imagem captada para a criação do texto não é armazenada nem pode ser vista pelo usuário. O poema o será sua única recordação do momento. Também não é possível compartilhar o conteúdo gerado, e a única forma de ler é no papel.
Modernidade à moda antiga
O site descreve a Poetry Camera como “uma nova maneira de criar memórias, longe de telas, notificações e aplicativos”. É quase um paradoxo que um dispositivo com uma proposta de nos desconectar só seja possível graças à tecnologia de ponta.
Tudo funciona a partir de um minicomputador interno Raspberry Pi SBC, que roda um software de código livre e utiliza o GPT-4 para gerar os textos. O corpo da Poetry Camera foi feito em uma impressora 3D e os poemas são impressos através de uma impressora térmica embutida.
Os criadores ainda não têm uma data para a produção comercial do aparelho, apesar de indicarem o interesse em produzir uma edição limitada da câmera. O preço e a data, entretanto, ainda não foram divulgados.
No entanto, quem não quiser esperar e, claro, tiver habilidades técnicas a sua própria, pode fazer a sua própria Poetry Camera. Seus desenvolvedores disponibilizam no site oficial as instruções detalhadas de como montar a sua de forma personalizada.
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