Brincos inteligentes prometem monitorar a saúde melhor que smartwatches

Adriano Camargo
Adriano Camargo

Pesquisadoras da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveram um protótipo revolucionário de brincos inteligentes que, segundo elas, supera a precisão dos smartwatches ao monitorar a temperatura do usuário.

Com apenas 335 miligramas de peso, 1,13 cm de largura e 3,1 cm de comprimento, o dispositivo apresenta uma longa bateria de até 28 dias. Equipado com um sensor de temperatura conectado ao ouvido por meio de um clipe magnético, o brinco inclui outro sensor pendurado cerca de 2,5 cm abaixo para estimar a temperatura ambiente.

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Brincos tecnológicos (Imagem: Universidade de Washington)

Além disso, o brinco possui um chip Bluetooth e antena, permitindo personalização com desenhos de resina ou, para um toque mais luxuoso, pedras preciosas.

A coautora do projeto, Qiuyue (Shirley) Xue, explica a preferência por brincos em comparação com smartwatches, destacando a originalidade das informações obtidas através do lóbulo da orelha.

Segundo Xue, a detecção da temperatura na pele do lóbulo, em vez de na mão ou pulso, demonstrou ser mais precisa, separando a temperatura ambiente da temperatura da pele.

O desafio de criar um wearable pequeno o suficiente para um brinco e robusto o bastante para carregar o dispositivo regularmente foi enfrentado pela equipe de engenharia. A coautora principal, Yujia (Nancy) Liu, destaca o equilíbrio necessário entre tamanho, bateria e eficiência energética.

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Os brincos são muito discretos (Imagem: Universidade de Washington)

A equipe resolveu esse dilema implementando uma tecnologia que permite ao brinco entrar em um estado de 'sono profundo' após ler e enviar a temperatura, economizando (muita) energia.

O dispositivo tem potencial para monitorar e detectar variações de temperatura relacionadas a febres, alimentação, exercícios, estresse e ovulação, conforme observado em testes preliminares de prova de conceito.

Os pesquisadores agora buscam mais dados para treinar o dispositivo para diferentes casos de uso e realizar testes mais abrangentes antes de disponibilizá-lo ao público.

Para evoluções futuras, a pesquisadora Xue disse que pretende integrar o monitoramento de frequência cardíaca e atividades, explorando também fontes alternativas de energia, como solar ou cinética.

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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