O Brasil sofreu mais de 370 mil ataques DDoS no primeiro semestre de 2024, conforme revela um relatório da empresa de cibersegurança NETSCOUT. No período, o país registrou um aumento de cerca de 4,3% em relação ao segundo semestre de 2023, quando sofreu mais de 357 mil ataques DDoS.
O ataque DDoS, também conhecido como ataque de negação de serviço, é uma prática cibercriminosa que tem o objetivo de sobrecarregar os recursos de uma rede, site ou aplicativo, paralisando o pleno funcionamento do serviço e deixando-o vulnerável a mais ameaças cibernéticas.
De acordo com o Relatório de Inteligência de Ameaças da NETSCOUT, os setores e indústrias mais atacados por cibercriminosos no Brasil foram:
- Operadoras de Telecomunicações Sem Fio (exceto Satélite) — com 76.667 ataques;
- Processamento de Dados e Serviços Relacionados — 24.753 ataques;
- Operadoras de Telecomunicações com Fio — 20.438 ataques;
- Transporte Rodoviário de Cargas Gerais — 19.851 ataques;
- Portais de Busca na Web e Outros Serviços de Informação — 7.511 ataques;
- Organizações Religiosas — 4.204 ataques.
Ataques DDoS também crescem globalmente
Além do Brasil, o relatório revela que 216 países e territórios sofreram ataques DDoS no primeiro semestre deste ano. Mundialmente, foram realizados mais de 7,9 milhões de ataques no período, o que representa um aumento de 12,81% em relação ao segundo semestre de 2023.
A pesquisa também traz algumas tendências de novas tecnologias e métodos utilizados por grupos cibercriminosos para causar interrupções em redes, incluindo:
- NoName057(16), um grupo hacktivista pró-Rússia, aumentou seu foco em ataques de camada de aplicação, particularmente inundações HTTP/S GET e POST, levando a um aumento de 43% em relação ao relatório de 2023.1.
- Os dispositivos infectados por bots aumentaram 50% com o surgimento do botnet Zergeca e a evolução contínua do botnet DDoSia, usado pelo NoName057(16), que emprega tecnologias avançadas como DNS sobre HTTPS (DoH) para comando e controle (C2).
- Infraestrutura C2 de botnet distribuída utiliza bots como nós de controle, possibilitando uma coordenação de ataque DDoS mais descentralizada e resiliente.
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