A Honda está desenvolvendo uma nova tecnologia de baterias de estado sólido, prometendo um alcance de até 998km em veículos elétricos até o final da década. A inovação, considerada um passo importante no setor automotivo, busca melhorar autonomia, segurança e eficiência nos custos de produção, além de reduzir tamanho e peso das baterias em comparação com as de íons de lítio convencionais.
A fabricante investiu cerca de 43 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 277 milhões, ou R$ 1,67 bilhão) na construção de uma linha piloto de produção em Tochigi, no Japão. Essa instalação permite testar e ajustar todos os processos de fabricação, desde a mistura de materiais para os eletrodos até a montagem final das células de bateria.
O objetivo é desenvolver métodos de produção em massa sustentáveis para acelerar a adoção dessas baterias no mercado global.
A adoção de baterias de estado sólido enfrenta alguns desafios, como a ampliação do tamanho das células protótipos e a resolução de problemas como rachaduras nos separadores cerâmicos e curtos-circuitos causados por dendritos.
Segundo engenheiros da Honda, o protótipo atual precisa ser 100 vezes maior para uso em veículos. Ainda assim, a empresa mantém otimismo em superar essas barreiras até 2030.
Vantagens da tecnologia
Os benefícios dessa tecnologia incluem maior densidade de energia e tempos de recarga mais curtos. No entanto, o custo inicial pode ser elevado, o que representa um desafio para competir com as atuais baterias de íons de lítio. A Honda pretende integrar essa tecnologia em diversos produtos de mobilidade, como motocicletas e até aeronaves, reforçando seu compromisso com a inovação sustentável.
A corrida por baterias de estado sólido não se limita à Honda. Empresas como Toyota, Nissan e Volkswagen também investem fortemente nessa tecnologia. Enquanto a Toyota planeja lançar veículos com baterias de estado sólido entre 2027 e 2028, outras montadoras, como Stellantis e BMW, estão explorando variações dessas baterias para uso comercial em médio prazo.
Essa inovação pode representar uma mudança significativa no mercado de EVs, caso a Honda consiga cumprir as metas estabelecidas.
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